23 de novembro de 2024
Alerta

São Paulo registra primeiro caso do superfungo Candida Auris; paciente é bebê prematuro

O caso foi confirmado no dia 18 do mês passado, em exames pré-operatórios no bebê, mas divulgado apenas na tarde desta quarta-feira (7)
Hospital da Mulher da Unicamp, em Campinas. (Foto: reprodução/EPTV)
Hospital da Mulher da Unicamp, em Campinas. (Foto: reprodução/EPTV)

Profissionais da saúde de Campinas ficaram surpresos ao registrar o que seria o primeiro caso do superfungo Candida Auris em São Paulo. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de SP, o paciente com a doença é um bebê prematuro que nasceu no Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti-Caism/Unicamp, em Campinas, no interior paulista.

O caso foi confirmado no dia 18 do mês passado, em exames pré-operatórios no bebê, mas divulgado apenas na tarde desta quarta-feira (7). De acordo com unidade de saúde responsável, a evolução clínica do bebê tem sido boa, apesar de suas condições associadas à prematuridade e baixo peso.

Apesar da ampla investigação que a unidade disse ter realizado, inclusive entre outros pacientes do hospital, não se sabe como o bebê acabou sendo infectado. Até o momento, porém, nenhuma outra pessoa do local foi diagnosticada com a doença. Mesmo assim, mais rastreamentos estão sendo realizados, além da precaução de contato no tratamento de bebês que tenham sido atendidos por profissionais que tenham tido contato direto com o que foi afetado pelo superfungo.

Vale lembrar que a Candida auris é um fungo que pode causar infecções invasivas, graves e associadas à alta mortalidade. Um dos maiores perigos de quem é infectado, é pela resistência a medicamentos e o risco de levar à ocorrência de surtos em serviços de saúde.

Em Pernambuco, por exemplo, em menos de um mês da identificação dos dois primeiros casos de Candida auris este ano, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) já contabiliza nove pacientes com diagnóstico confirmado. O superfungo emergente, que representa uma série ameaça à saúde pública, foi confirmado mais recentemente em dois pacientes que estão internados no Hospital do Tricentenário, em Olinda, no Grande Recife.


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