Por Marcius Azevedo
“Somos superiores e temos de ganhar”. A frase de Hernán Crespo dita antes do jogo foi por água abaixo após os 90 minutos em Chapecó. O São Paulo abriu o placar com Rigoni, mas desperdiçou boas oportunidades para ampliar (e depois para desempatar) e ficou no 1 a 1 diante da Chapecoense, neste domingo, com 973 pessoas na Arena Condá, pelo Campeonato Brasileiro.
Foi o terceiro resultado de igualdade consecutivo do São Paulo. A equipe do técnico argentino já havia empatado com América-MG e Atlético-MG no Morumbi. Com isso, subiu apenas para 28 pontos e continua mais perto da zona de rebaixamento do que do grupo que vai brigar pela vaga na Libertadores. A Chapecoense segue na lanterna, com 11 pontos em 23 jogos.
A semana de treinos serviu para Crespo trabalhar e colocar em campo uma formação diferente. O treinador desenhou o São Paulo no 3-4-3, com Rigoni, Luciano e Eder no ataque. Os alas também tinham liberdade para apoiar. O problema é que diante de um adversário fechado o esquema fez apenas diminuir os espaços. Eram muitos jogadores brigando em um terreno diminuto. A equipe tricolor até ficava de posse da bola. Foram de 68% no primeiro tempo. Mas não era difícil furar o bloqueio.
Foi necessária uma jogada individual que não estava no script para o São Paulo abrir o placar. Aos 36 minutos, Liziero fez fila na defesa aos trancos e barrancos e viu o lance clarear para Rigoni ao ser derrubado. O argentino não titubeou e, ao ser ver livre na entrada da área, soltou uma bomba de pé esquerdo. A bola foi parar no ângulo. Golaço!
E era para o São Paulo ter ido para o vestiário com 2 a 0 no placar. Mas na segunda chance que recebeu, Rigoni falhou. Após uma cobrança de escanteio em que o time de Crespo quase levou o gol de Anselmo Ramon, o argentino correu sozinho desde o meio de campo e, diante do goleiro Keiller, deu uma cavadinha e errou o alvo.
A Chapecoense não tinha alternativa e voltou diferente para o segundo tempo. Além de duas mudanças de peças feitas pelo auxiliar Dino Camargo, que ocupava o lugar do suspenso Pintado na beira do gramado, o time da casa voltou mais atrevido. Pressionava um pouco mais na saída e, de posse de bola, ocupava o setor ofensivo com um número maior de jogadores.
A resposta de Crespo foi colocar Calleri em campo. A previsão era o argentino jogar pelo menos 45 minutos. Mas ele entrou pouco depois do planejado, aos 19 do segundo tempo no lugar de Eder. Pouco antes, outra chance clara foi desperdiçada por Rigoni. O atacante mais uma vez ficou diante do goleiro e errou ao tentar novamente uma cavadinha.
Calleri teve uma oportunidade clara aos 27 minutos e perdeu diante de Keiller. O erro do argentino fez o São Paulo ser punido na sequência. Denner cruzou duas vezes. Na primeira, Arboleda afastou. Na segunda, Mike apareceu para tocar na pequena área e empatar o jogo.
O São Paulo ainda insistiu. Calleri teve mais duas chances, mas não aproveitou. Foi um empate amargo para Crespo, que já contava com os três pontos contra o pior time do Brasileirão.
FICHA TÉCNICA
CHAPECOENSE 1 X 1 SÃO PAULO
CHAPECOENSE – Keiller; Matheus Ribeiro, Kadu (Ignácio), Derlan e Busanello; Alan Santos (Renê Junior), Léo Gomes (Ronei), Denner e Mike; Bruno Silva (Geuvânio) e Anselmo Ramon (Rodriguinho). Técnico: Dino Camargo (auxiliar).
SÃO PAULO – Tiago Volpi; Arboleda, Miranda e Léo; Galeano (Igor Gomes), Liziero (Luan), Rodrigo Nestor e Wellington (Marquinhos); Rigoni, Luciano e Eder (Calleri). Técnico: Hernán Crespo.
GOLS – Rigoni, aos 36 minutos do primeiro tempo; Maike, aos 31 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO – Marielson Alves Silva (BA).
CARTÕES AMARELOS – Léo Gomes e Galeano.
PÚBLICO – 973 pagantes.
RENDA – R$ 17.860,00.
LOCAL – Arena Condá, em Chapecó.
(Conteúdo Estadão)
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