O São Paulo acertou neste domingo as bases salariais com o técnico Diego Aguirre. O contrato ainda não foi assinado, o que deverá ocorrer nesta tarde de domingo. O vínculo terá duração até o fim de dezembro.
O treinador uruguaio já atuou como jogador no São Paulo, nos anos 90, e é visto pela diretoria tricolor como um nome apropriado para o momento do clube.
O São Paulo enfrentará o Red Bull com André Jardine, que está interinamente no cargo para substituir Dorival Junior, demitido na semana passada. Aguirre irá ao Morumbi assistir à partida deste domingo.
Torcedores e parte dos conselheiros do clube pediram a contratação de um técnico “medalhão”. Vanderlei Luxemburgo, Luiz Felipe Scolari e Cuca foram os nomes mais repetidos por quem queria mudança no comando tricolor. No caminho contrário dos pedidos, Raí, acompanhado por Ricardo Rocha e Lugano, descartou os veteranos por entender que eles não se adequam ao projeto que o trio desenha para o clube, elegendo Diego Aguirre.
Na visão dos integrantes do departamento de futebol tricolor, o São Paulo vive um momento instável emocionalmente e a chegada de um técnico com uma personalidade muito forte poderia deixar a situação ainda mais conturbada no Morumbi.
Para os dirigentes, era necessária uma pessoa mais equilibrada e comedida em suas ações para comandar o time. Também, segundo os tricolores, não é hora de um treinador que vá chamar mais a atenção do que o elenco.
Outro ponto destes três treinadores fora das características do projeto de construção de identidade do São Paulo criado por Raí é a montagem da comissão técnica.
Os três, no caso, gostam de trabalhar com seus profissionais de confiança. O Tricolor espera refazer o esquema anterior à passagem de Rogério Ceni, no ano passado. A ideia é de que o clube tenha uma comissão permanente, com o auxiliar André Jardine sendo preparado para um dia assumir o comando.
Por fim, no caso de Luxemburgo há também uma incompatibilidade com o perfil de Raí. De acordo com pessoas próximas ao dirigente, é bastante improvável ver um dia os dois trabalharem no mesmo clube. O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, também não é um grande fã do estilo do treinador.
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