SAMIR CARVALHO
SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Santos fez a segunda consulta ao estafe de Paulo Henrique Ganso para saber a possibilidade de repatriar o meia. A primeira foi em fevereiro, mas nenhuma negociação foi aberta. Desta vez, o clube já conversou sobre os valores financeiros. Segundo apurou o UOL Esporte, a diretoria santista descobriu que o atleta não aceita ganhar menos de R$ 750 mil mensais para voltar a defender o alvinegro praiano.
Além do alto salário, Ganso ainda pediu um valor considerável de luvas para acertar o retorno. Após a nova consulta, a diretoria santista considerou a contratação como um “sonho impossível”. O clube paulista avisou que aceita pagar R$ 450 mil de ordenado mensal, mas o estafe do atleta avisou que existem clubes do Brasil já dispostos a pagar mais do que isso.
Vale ressaltar que tudo isso foi conversado em caráter “condicional”, apostando que o Sevilla, da Espanha, aceite emprestar o jogador sem custos. Outra esperança das partes é uma rescisão amigável entre jogador e clube espanhol.
Em contato com o UOL, o estafe de Ganso alega que não pode conversar sobre o assunto. No entanto, pessoas ligadas ao jogador dizem que não houve nenhum contato com o Santos. A reportagem mantém a informação.
Ganso foi revelado pelo Santos em 2009 ao lado de Neymar. A dupla brilhou em 2010 e 2011, conquistando três títulos neste período: Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Copa Libertadores da América.
No entanto, Ganso entrou em rota de colisão com a diretoria do Santos, comandada por Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, na época. A novela entre as partes começou em 2010, quando o clube desistiu de apresentar ao jogador um plano de carreira semelhante ao oferecido a Neymar. A diretoria santista voltou atrás no “acordo” após o atleta sofrer uma grave lesão no joelho.
O jogador acredita que foi desvalorizado pelo clube, já que a diretoria santista não o procurou durante o processo de recuperação. Por conta disso, Ganso foi vendido ao São Paulo em 2012. Durante as negociações para se transferir para o clube do Morumbi e também em jogos que defendeu o tricolor na Vila Belmiro, o meia sempre foi chamado de mercenário pelo torcedores e recebeu até “chuva de moedas” em um dos jogos que visitou o alvinegro praiano.
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