A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia vai ampliar de 1.270 sessões de hemodiálise para 2.240 sessões com a inclusão de um terceiro turno do serviço que permitirá mais 980 sessões mensais. A criação desse terceiro turno foi detalhada nesta segunda-feira (15).
O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, o arcebispo da capital, Dom João Justino, o secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizer, e a superintendente de Regulação Controle e Avaliação da Secretaria Estadual de Saúde, Lorena Mota, e outras autoridades participaram do momento em que o serviço foi aberto no final da tarde desta segunda.
o terceiro turno de hemodiálise da Santa Casa de Misericórdia, resultado de uma parceria entre a Prefeitura de Goiânia e a instituição hospitalar. O evento está marcado para as 17h, na sede da Santa Casa, e contará com a presença do presidente da entidade e arcebispo metropolitano da capital, Dom João Justino.
Esse serviço tem como principal objetivo reduzir a fila de espera de pacientes renais crônicos atendidos pelo sistema público de saúde que chegava a 82 há duas semans – atualmente são 62. O número de pacientes aguardando será suprido pela Santa Casa, que poderá atender em torno de 70 novos pacientes, conforme a superintendente geral da unidade, Irani Ribeiro.
Mabel lembrou a importância de mais uma unidade atendendo mais pacientes renais crônicos. “É praticamente impossível [ao paciente] ficar sem a diálise. E Goiânia tinha essa dificuldade, não ampliou esse esquema”, destacou.
Segundo ele, o município repassa em torno de R$ 240 reais por sessão realizada na Santa Casa. O hospital, inclusive, junto com o Hospital das Clínicas, era o único a ter só dois turnos para esse atendimento.

Ao chegar nas salas de diálise, o prefeito foi abordado por uma paciente. Era Rosa Aparecida de Farias, 55, moradora de Goiânia, que há vários anos faz hemodiálise. Hoje foi a primeira sessão dela na Santa Casa. Rosa fez um apelo para que o prefeito invista mais na Atenção Primária como prevenção de casos como os que chegam a necessitar de tratamentos como o dela. Mabel respondeu que vem fazendo isso.
Da parte do Estado, a superintendente de Regulação Controle e Avaliação da Secretaria Estadual de Saúde, Lorena Mota disse que o terceiro turno é uma estratégia que tem sido feita na rede estadual.
“É muito importante que a Santa Casa também tenha esse turno para que a gente possa direcionar mais pacientes para serem acolhidos. Pacientes que estão aguardando em unidades hospitalares por uma vaga ambulatorial terão acesso agora com o terceiro turno da Santa Casa”, citou. Conforme ela, seis policlínicas fazem o terceiro turno na rede estadual.
Já o secretário Pellizer, explicou que o esforço estratégico para a criação dos três turnos não é complexo e envolve ajuste de pessoal e higienização, já que, na prática de apenas dos turnos, geralmente ficam horas excedentes que podem ser utilizadas no terceiro turno. Além disso, explicou ele, mesmo nos casos dos pacientes que não são de Goiânia, o município não tem responsabilidade de custear essas sessões, que são faturadas junto ao Ministério da Saúde por cada hospital conforme a origem dos pacientes.
Mabel comenta relatório do DenaSUS que será divulgado nesta terça
Ainda durante a coletiva realizada para falar sobre a ampliação do serviço da Santa Casa, a reportagem do Diário de Goiás perguntou ao prefeito o que ele espera do relatório do Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (DenaSUS) sobre as maternidades de Goiânia. Esse relatório deve ser apresentado nesta terça-feira (16) na Câmara Municipal de Goiânia, isso porque sua elaboração foi solicitada pela vereadora Aava Santiago (PSDB).
Mabel respondeu: “Eu espero que eles olhem para trás para dizer que eu tinha razão de trocar [a gestão]. Vocês viram que as maternidades saíram das manchetes de jornal? [Elas] estão operando mais, funcionando melhor. A Maternidade Dona Iris quase bateu o recorde de partos há dois meses atrás. Então, nós estamos funcionando muito bem, com metade do dinheiro que nós gastávamos”.
Ele repetiu o argumento de que a troca de gestores gerou economia. “Eu sempre dizia, desde que eu entrei, não tem jeito de pagar R$ 24 milhões desses serviços. Vamos pagar 12 [milhões], que dá o suficiente. É o que está acontecendo”.
Mabel elogiou as novas gestoras das maternidades municipais. “Três empresas muito responsáveis estão fazendo o trabalho. Lógico que um probleminha ou outro sempre acontece no hospital. Mas eu tenho visitado maternidade de noite, de madrugada (…) Então, o DenaSUS, se ele tiver algum ponto que nós estejamos errados, vamos consertar. Eu não tenho compromisso com erro, nem o secretário. Mas eu acredito que os problemas que tem, se eles olharam a gestão anterior, vai ser da gestão anterior”, concluiu.
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