12 de setembro de 2024
Resposta • atualizado em 24/10/2023 às 18:40

Saneago acusa falsidade de dados sobre agrotóxicos na água de Aruanã

De acordo com a companhia de saneamento, o monitoramento é feito conforme as diretrizes do Ministério da Saúde, e os dados são encaminhados a Vigilância Sanitária do município
Foto: Prefeitura de Aruanã
Foto: Prefeitura de Aruanã

Após ser citada em reportagem publicada pelo UOL, por meio do Repórter Brasil, como cidade com água mais contaminada com agrotóxicos de todo o Brasil, a Saneago afirma que os dados sobre Aruanã “não são verdadeiros”. Ao Diário de Goiás, a companhia de saneamento informou que “não houve presença de parâmetros orgânicos (agrotóxicos) na água tratada acima dos valores máximos permitidos” na cidade.

Conforme a Saneago, semestralmente, é feito o monitoramento de análise da água de Aruanã de acordo com diretrizes do Ministério da Saúde e os dados obtidos são compilados em relatório, denominado SISAGUA. O documento é encaminhado para as Vigilâncias Sanitárias Municipais, que inserem os dados no Painel Vigiágua. Ainda de acordo com a companhia, a Saneago “não é responsável pelo preenchimento dessa planilha no site do Ministério da Saúde, a qual está gerando estes equívocos de interpretação”, pontua.

Sob essa alegação, a Saneago argumentou sobre os dados divulgados na reportagem do Repórter Brasil. “Na tabela trabalhada pela Repórter Brasil, verifica-se um erro de alimentação do Painel Vigiágua, que está sem unidade de medida nem vírgula no resultado. A título de exemplo, onde consta 0009, o correto é 0,009 µg/L, que está abaixo do Valor Máximo Permitido – visto que o VMP para Aldrin + Dieldrin é de 0,03 µg/L”, explica.

Por fim, de acordo com a companhia, um levantamento dos erros presentes em todas as unidades de medida e na alimentação errada dos dados foi encaminhado a todas as Vigilâncias Sanitárias Municipais em forma de ofício, para a correção. E declarou: “Ressaltamos que, em 2022, em Aruanã, não houve presença de parâmetros orgânicos na água tratada acima dos valores máximos permitidos pela Portaria GM/MS nº 888 de 04 de maio de 2021 – que dispõe sobre a qualidade da água para consumo humano”.

Mesmo alegando a segurança da água tratada distribuída no município e erro nos dados, a Saneago não atendeu as solicitações da reportagem do Diário de Goiás. A assessoria não forneceu a planilha citada referente a Aruanã e demais municípios administrados pela companhia, até o fechamento desta matéria.


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