07 de agosto de 2024
Contestação • atualizado em 31/08/2022 às 11:05

Aliado de Mendanha, Sandro Mabel critica institutos de pesquisa: ‘não reflete o cenário atual’

De acordo com o empresário, a medida que o período eleitoral avança, os levantamentos vão refletindo melhor o contexto político
Presidente da Fieg, Sandro Mabel (Foto: Divulgação/Fieg)
Presidente da Fieg, Sandro Mabel (Foto: Divulgação/Fieg)

Aliado do candidato ao Governo, Gustavo Mendanha (Patriota), o presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Sandro Mabel (Republicanos) criticou os institutos de pesquisa, citando a Serpes que tem publicado levantamentos de intenção de votos no jornal O Popular. De acordo com ele, a “pesquisa é furada” e “não reflete” o cenário atual. De acordo com o empresário, é impossível “existir chances de qualquer um ganhar no primeiro turno”, inclusive o governador Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) que tem liderado as pesquisas de intenção de voto.

“Vejo as pesquisas publicadas pelo O Popular, nós estranhamos essas pesquisas. Vou te dar um exemplo não pelos que estão na frente, mas os que estão para trás. Você acha que o candidato do PT aparece com 0%? Não tem chances do candidato do PT aparecer com 0%, por aí você vê que a pesquisa é furada”, respondeu Sandro Mabel ao Diário de Goiás durante a série de sabatinas que o Fórum de Entidades Empresariais realizou na última segunda-feira (29/08).

De acordo com Mabel, não é que as pesquisas sejam erradas, mas depende da “amostragem que se faz”. “Eu tenho muitas dúvidas nessa pesquisa publicada pela Serpes. Estamos acompanhando pesquisas semanais há muitos meses e não tem essa posição de existir chances de qualquer um ganhar no primeiro turno. Não existe isso daí além do Caiado com 47%. Em nenhuma pesquisa em nenhum momento ele passou dos 38% que foi o melhor índice que vimos dele. Tem pesquisas de tudo quanto é jeito”, salientou.

Outros institutos revelam cenário semelhante ao Serpes

Apesar de Sandro Mabel criticar a Serpes, outros institutos revelam cenário semelhante, como por exemplo, a pesquisa encomendada pelo Diário de Goiás junto a Diagnóstico Pesquisas. O levantamento aponta a liderança do atual governador Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) para a reeleição ao Palácio das Esmeraldas com 45,1% das intenções de voto.

Em segundo lugar aparece o ex-prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha (Patriota), com 24,8%. Distante, o candidato do presidente Jair Bolsonaro, Vitor Hugo (PL) é apenas o terceiro com 5,2% das intenções de voto. 

O levantamento considera os números estimulados, quando os entrevistados mostram os nomes dos candidatos aos eleitores. O destaque do levantamento é que todos os candidatos variaram para baixo em relação à pesquisa divulgada no último dia 10 de agosto.

Na primeira rodada, Caiado tinha 47,6%, Mendanha, 26% e Vitor Hugo, 5,9%. A pesquisa também mostra aumento dos brancos e nulos que subiram de 8,8% para 14,3%. Indecisos eram 7,7% e hoje são 7,1%.

Não compensa debater com Caiado, dispara Sandro Mabel

Sandro Mabel também reservou críticas ao governador Ronaldo Caiado. O embate entre os dois que já se arrasta há anos, sempre provoca tensão no meio político, principalmente no que diz respeito a situação da Enel em Goiás.

“Quando ele me responde, eu nem falo nada. A capacidade dele de analisar é tão pequena que não adianta eu debater, porque ele debate só na xingação. Nossa análise é técnica, e ele não consegue fazer esse tipo de análise”, disse.

A declaração foi dada à reportagem durante as sabatinas do Fórum de Entidades Empresariais (FEE), mas antes de Caiado, no final de sua participação, olhar para Mabel e dizer o seguinte: “Tinha até muita gente que achava que eu não ia governar, né Sandro?”

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Na fala do presidente da Fieg, ele fazia referência à posição do governador sobre a Enel. Para ele, Caiado não tem proposta para resolver a questão da energia em Goiás. “É uma visão de quem não é gestor, e nós somos gestores. O governo Caiado é tão ruim de serviço que deve 500 milhões para Enel e não paga. Se ele tivesse pago esses 500 milhões, seriam 500 milhões a mais de investimento.”

“Quando era para privatizar [a Celg], para melhorar a energia de Goiás, ele era contra. Tudo isso que nós temos é em função de uma Celg que foi usada de tudo quanto é jeito e quebrou. Goiás estava um desastre e a indústria sabia. Nós ajudamos a privatizar, e ele contra. Aí, depois que se privatizou, em vez de ajudar, quando virou governador, a Enel estava passando momentos muito difíceis e foi colocado muito mais dinheiro do que ela tinha se comprometido a colocar”, declarou Mabel.

As críticas do presidente da Fieg a Caiado não se limitaram à questão da energia. “Uma gestão desastrada, as estradas cheias de buracos, a saúde andou mal. Ele diz que a polícia mudou, mas quem mudou a polícia foi o José Eliton, quando colocou o Irapuan [Costa Júnior] na Segurança Pública.”


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