05 de dezembro de 2025
EXPÉRIÊNCIA MAIOR

Sandro Mabel defende colocação de grama sintética e pode usar no Parque Vaca Brava

Gestor de Goiânia avalia experiência nas avenidas Castelo Branco e 44 e planeja testar grama artificial em áreas do Vaca Brava para reduzir custos e poeira
Mabel diz que mediu temperatura da grama sintética - Foto: DG
Mabel diz que mediu temperatura da grama sintética - Foto: DG

O prefeito Sandro Mabel (UB) afirmou nesta quarta-feira (20) que pretende estender a utilização de grama sintética para outros espaços públicos de Goiânia. Inicialmente, a grama artificial foi colocada em um ponto da Avenida Castelo Branco, no Setor Coimbra, e no canteiro central do polo de vestuário da 44. Agora Mabel quer experimentar a grama sintética em ao menos um local dentro do Parque Vaca Brava.

“Grama sintética não esquenta mais”, garantiu o prefeito, que afirma ter medido a temperatura pessoalmente. “Fui medir a [temperatura da] grama sintética e é 2 graus mais baixo do que a grama [natural], essa grama que está seca aqui”, apontou durante evento na própria Castelo.

Prefeito afirma que grama artificial é mais fresca que a natural ressecada

Ele afirmou que a grama natural ressecada pelo verão é mais quente. “Então não quer dizer que grama sintética esquenta mais”, afirmou. Mabel não detalhou como fez essa avaliação nem quais equipamentos ou técnicos o acompanharam.

O prefeito reclamou que a grama natural quando ressecada, deixa o chão empoeirado, o que segundo ele não ocorre com a sintética. “A gente passa aqui, os carros passam de volta e tem aquela poeira no nariz das pessoas o tempo todo”, disse.

Canteiros pequenos seriam alvo principal da aplicação da grama sintética

Ele defendeu a experiência feita na Castelo Branco com a colocação de grama artificial em um canteiro de 1metro. “É um canteiro que ninguém vai passar a pé nele, nem dá pra passar a pé”, afirmou.

Ele destacou que se trata de um canteiro ornamental, mas que, ao receber grama natural, na opinião de Mabel, gera custo e transtorno. “É um canteiro ornamental que é podado 20 vezes ao ano, na verdade 18 vezes ao ano,. Então 18 vezes ao ano eu atrapalho o trânsito dos dois lados pra ir podando esses canteiros. Não tem sentido fazer uma coisa dessa”, considera o prefeito.

Custos de manutenção são argumentos do gestor

Depois ele citou que o serviço exige muita mão de obra. “Para podar um canteiro desse eu tenho um homem podando, dois segurando do lado de cá com a via interditada, segurando lá, mais dois segurando do lado de lá, porque eu tô podando. É diferente de um canteiro grande, você poda do lado e depois do outro, você tem que ir podando junto pra não quebrar vidro de carro, quebra um monte de vidro de carro”, acrescentou Mabel.

Prefeito diz que drenagem é mais eficiente na grama artificial

Além disso, ele considera que a sintética permite mais drenagem que a grama natural. “Ela é toda furada, então absorve a água muito mais rápido (…) Ela não tem a raiz que chupa a água da chuva ali e atrapalha ela descer, então a drenagem, o recarregamento do lençol freático, é muito maior. E depois é uma economia enorme para o município fazer esse ponto, que tá sempre verdinho, sempre bonitinho. Então, a cada, sei lá, 90 dias, eu tenho que passar e jogar uma água pra tirar a poeira de cima dela, o restante ela tá sempre em ordem”, afirmou ainda.

Para somar, ele considera a grama artificial segura. “Ela é fixada no chão, no sistema de grampo, que impede que seja retirada e ela é um negócio que é muito bom tecnicamente”.

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Diante disso, Mabel garantiu que vai fazer novas experiências com o produto. “Eu gostei da experiência”. Mas ele garante que não pensa nessa solução para locais mais extensos. “Logicamente, lá na Vera Cruz, lá no Guanabara, um canteiro super lago, eu não vou colocar grama sintética num lugar daquele, mas eu acho que ele tem que ser melhor ocupado”, indicou.

Mabel deve experimentar a grama sintética no Parque Vaca Brava

O prefeito ainda deu como exemplo um trecho que chamou de “terrão” dentro do parque no Vaca Brava, que pode ser usado pelos visitantes para piqueniques sob as árvores.

“O que você tem [ali]? Um terrão, um terrão que não serve pra nada, ninguém mexe naquele terrão, ninguém entra ali, não toma uma sombra, não pode fazer um piquenique, não pode fazer nada. Então nós vamos sim estudar também, fazer algumas ilhas com grama sintética debaixo daquele terrão, ela não atrapalha nada, ela permite que as pessoas tenham acesso e possam fazer seus piqueniques debaixo da árvore”, confirmou.

Perguntado de quem foi a ideia da grama sintética, o prefeito respondeu: “A ideia foi minha, porque é uma ideia que é econômica, funcional, menos calor do que a grama normal, muito menos poeira e não atrapalha o trânsito 18 vezes por ano, não atrapalha o trânsito nas duas faixas da rodovia”.


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