05 de dezembro de 2025
Prestação de contas • atualizado em 29/05/2025 às 09:46

Sandro Mabel apresenta saldo positivo nas contas da Prefeitura de Goiânia no primeiro quadrimestre de 2025

Segundo o relatório oficial enviado pela Secretaria Municipal de Finanças, a receita total arrecadada no primeiro quadrimestre de 2025 foi de R$ 3,49 bilhões
Com um discurso centrado na recuperação fiscal e no controle das finanças públicas, Sandro Mabel destacou o equilíbrio das contas. Foto: Reprodução.
Com um discurso centrado na recuperação fiscal e no controle das finanças públicas, Sandro Mabel destacou o equilíbrio das contas. Foto: Reprodução.

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), apresenta nesta sexta-feira (29), na Câmara Municipal, a prestação de contas referente aos quatro primeiros meses de sua gestão à frente do Paço Municipal. Os números revelam um início de mandato com aumento da arrecadação, redução das despesas e um expressivo superávit primário, apesar de retrações em áreas estratégicas como investimentos e transferências correntes.

Segundo o relatório oficial enviado pela Secretaria Municipal de Finanças, a receita total arrecadada no primeiro quadrimestre de 2025 foi de R$ 3,49 bilhões, o que representa um crescimento nominal de 14,25% em relação ao mesmo período de 2024. Descontada a inflação acumulada no período (IPCA de 5,53%), o aumento real foi de 8,27%.

Durante a apresentação, Mabel reforçou a postura de austeridade da gestão. “Nós vamos apresentar hoje aqui o resultado do primeiro quadrimestre, o resultado de muita dificuldade, mas de muita ação, de muito trabalho”, afirmou. “Fizemos um superávit primário importante. E fizemos por quê? Porque tomamos as atitudes que o gestor precisa tomar. Ainda há muito o que fazer, mas estamos estabilizando a cidade e a sua condição financeira.”

Ao ser questionado sobre o discurso de calamidade diante do superávit, o prefeito respondeu: “Superávit é o começo. Estamos diminuindo despesa e aumentando a arrecadação, principalmente cobrando de quem não pagava. Não vamos aumentar IPTU ou outros impostos, mas vamos cobrar que todos paguem.”

Já o secretário municipal de Finanças, Valdivino José de Oliveira, reforçou a dimensão inédita do resultado fiscal alcançado. “Fechamos o primeiro quadrimestre com o maior superávit primário da história de Goiânia. Já participei de várias gestões e nenhuma conseguiu isso. Atuamos com seriedade, com o espírito de calamidade que a situação exigia, e os resultados apareceram”, destacou.

Destaques



Entre as receitas, destacam-se os impostos e taxas municipais, que somaram R$ 1,57 bilhão, alta real de 12,46%. O Imposto Sobre Serviços (ISS) teve incremento real de 10,95%, e o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) cresceu 1,21% acima da inflação. Já o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) surpreendeu com uma alta de 89,36% em termos reais.

Em contrapartida, as receitas de capital, que envolvem operações de crédito e transferências para investimentos, caíram 71,34% em termos reais, sinalizando dificuldades na captação de recursos para obras e projetos estruturantes.

Do lado das despesas, o relatório mostra contenção. A despesa total liquidada caiu 7,47% em termos nominais e 12,32% em valores reais, totalizando R$ 2,48 bilhões, dos quais R$ 326,8 milhões referem-se a restos a pagar herdados da gestão anterior. Os investimentos sofreram redução de 77,2% em termos reais, somando apenas R$ 35,7 milhões.

Apesar da retração nos gastos com capital, as despesas com pessoal cresceram 4,99% nominalmente, alcançando R$ 1,51 bilhão, mas se mantêm dentro do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, representando 46,65% da Receita Corrente Líquida ajustada.


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