05 de dezembro de 2025
AVALIANDO IMPACTOS

Sandro Mabel acompanha inspeção judicial ao Aterro Sanitário de Goiânia

Prefeito destaca investimentos no controle do chorume e sustentabilidade; TJ-GO vai decidir sobre possível desativação do aterro
Inspeção judicial foi realizada por desembargador com a presença do prefeito - Fotomontagem: Alex Malheiros / Secom Goiânia
Inspeção judicial foi realizada por desembargador com a presença do prefeito - Fotomontagem: Alex Malheiros / Secom Goiânia

O prefeito Sandro Mabel acompanhou, nesta terça-feira (2), uma inspeção realizada por autoridades do Poder Judiciário ao Aterro Sanitário de Goiânia, alvo de tentativas de desativação. Participaram da inspeção judicial o desembargador Maurício Porfírio Rosa, do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), integrantes do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e da Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema), cujos nomes não foram citados pela prefeitura ao divulgar a visita.

O prefeito reiterou o esforço e os investimentos realizados para recuperar a estrutura do aterro e ressaltou o compromisso da gestão em garantir eficiência, controle e sustentabilidade na destinação dos resíduos sólidos.

Mabel detalha estratégias para melhorar situação do aterro

“Nós temos o controle do chorume, fazemos um pré-tratamento e enviamos para a Saneago por tubulação. Antes, levavam nos caminhões, derramando pelo caminho”, explicou o prefeito.

Como tem feito nessas oportunidades, Mabel argumentou que sua gestão trabalha para cumprir as recomendações feitas pelos órgãos responsáveis. Entretanto,  muitas dessas exigências ambientais tiveram seus prazos exauridos pelas gestões anteriores, com o que o prefeito atual não se conforma ante os gastos já empreendidos e outros elevados investimentos que seriam necessários para um novo aterro.

O prefeito reiterou a notícia de que o município está adquirindo uma máquina capaz de tratar até 300 mil litros de chorume por dia. “A nossa geração varia de 120 a 200 mil litros, dependendo do período seco ou chuvoso. Essa máquina trata até sair água desmineralizada”, reforçou.

Desembargador Maurício Porfírio faz inspeção no aterro – Foto Alex Malheiros / Secom Goiânia

O prefeito citou ainda à comitiva que a administração trabalha atualmente na instalação de um novo sistema de monitoramento geotécnico para controlar as condições de estabilidade física e o comportamento do maciço de resíduos depositados no aterro. O processo inclui a instalação de marcos superficiais, a execução de piezômetros (dispositivo que mede a pressão de fluidos) e a análise da estabilidade do maciço.

Desembargador disse que o interesse público será determinante na decisão

O desembargador Maurício Porfírio Rosa frisou a importância da inspeção judicial e analisou aspectos econômicos e ambientais. O TJ-GO terá que decidir se o aterro será embargado e até desativado, como querem o MP-GO e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Semad), ou se passa por adequações para ter vida útil maior, como pretende a prefeitura.

“Se não tiver condições, preciso manter a decisão do juiz [da instância inferior]. Se tiver, preciso evitar que o município pague para aterros privados, que custam cerca de R$ 120 por tonelada, enquanto a Comurg cobra no aterro público R$ 28. Minha decisão se baseia na análise das condições e também nas consequências, pois o interesse aqui é público”, declarou o desembargador.

Procurador afirma que nova postura na gestão precisa ser considerada

Assim como o prefeito, o procurador-geral do Município, Wandir Allan ressaltou a mudança de postura do município na gestão do aterro. “O que mais nos chama atenção é a diferença do tratamento nos quatorze anos que antecedem e neste ano, em que o município propõe uma solução definitiva. O prefeito escolheu o caminho mais difícil, mas está fazendo a melhor entrega ao cidadão, ao meio ambiente e ao futuro”, enfatizou.


Leia mais sobre: / / / / / Cidades / Goiânia