A ex-princesa do Qatar, país que sediará a Copa do Mundo neste ano, Kasia Gallanio, de 45 anos, foi encontrada morta em casa, na cidade de Marbella, Sul da Espanha, no último domingo (29). A notícia foi divulgada pela imprensa mundial apenas nesta segunda-feira (30), depois que o corpo foi achado pela polícia após a filha mais nova de Kasia, que mora em Paris, contatar as autoridades espanholas, já que não conseguia contato com a mãe desde então.
A vítima foi achada morta em cima da cama, sem sinais de violência, e informações iniciais apontam que Kasia teria morrido por overdose de drogas. A autópsia ainda não foi realizada.
Kasia Gallanio, que tinha dupla nacionalidade americana e polonesa, foi casada com Abdelaziz bin Khalifa Al-Thani, de 73 anos, tio do emir (título de nobreza) do Catar. Eles casaram em 2004 e tiveram três filhas, se divorciaram em 2012 e, desde então, travavam uma batalha de cerca de 10 anos pela guarda das filhas, hoje com 17 (gêmeas) e 15 anos.
Abdelaziz é ex-ministro do governo do Qatar e se mudou para a França em 1992, onde vive desde então. A suspeita é que ele tenha sido forçado ao exílio após tentar dar um golpe de Estado contra o líder do Qatar na década de 90.
A morte, segundo jornais Le Parisien e El País, ocorre semanas após ela denunciar o ex-companheiro por abuso sexual contra uma das filhas. Em abril, uma das adolescentes teria relatado à mãe que foi vítima de agressão sexual pelo pai quando tinha entre 9 e 15 anos. Um inquérito foi aberto para a investigação da denúncia. Abdelaziz nega as acusações.
