O debate entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), marcado para noite desta sexta-feira (21), no SBT, em parceria com a CNN Brasil, Estadão/Eldorado, Veja, Terra e NovaBrasilFM, acabou se tornando uma entrevista com o presidente do país, após ausência do petista. Lula não compareceu, assim como no primeiro turno, alegando choque de agenda, já que está em Minas Gerais em campanha.
Além da ausência no debate do SBT, Lula também já avisou que não comparecer ao debate da Record, que acontece neste domingo (23) e também deve se tornar uma entrevista com Bolsonaro. Restará, então, apenas do debate da Globo, marcado para a próxima sexta-feira (28), em que ambos candidatos devem comparecer.
Em relação a entrevista de Bolsonaro, dentre outros pontos se destacaram a fala do presidente em não pedir novamente o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, apesar das críticas que tem feito a ele no comando do Tribunal Superior Eleitoral.
Sobre como pretende custear benefícios prometidos durante a campanha, Bolsonaro afirmou que o Orçamento é construído pelo Poder Legislativo e que vai trabalhar em conjunto com o Parlamento, se reeleito, para promover reajustes da Previdência e do salário mínimo.
O presidente afirmou, ainda, que precisou “se curvar ao Parlamento”, após a criação do orçamento secreto, institucionalizado durante a sua gestão. Mas, segundo Bolsonaro “o orçamento não é secreto, secreto é o nome dos parlamentares”.
Citando a oposição, Bolsonaro lamentou a falta de Lula. “Lamento o outro lado não comparecer. Eu vou ficar exposto a perguntas, espero poder corresponder à altura, temos muito o que falar, mostrar o que o governo fez, como atendeu a todos”, disse, na chegada aos estúdios do SBT, completando, após a entrevista que Lula “poderia se fazer presente, não tem problema nenhum. Confesso até que estou com saudade dele”.
Assista a entrevista completa:
Já Lula, enquanto o presidente era entrevistado no SBT, promoveu uma live nas redes sociais com o deputado federal eleito Janones (Avante-MG), em que o ex-presidente voltou a reclamar da disseminação de mentiras contra ele durante a campanha eleitoral. Na transmissão, Janones afirmou agir como “um exército” para rebater boatos espalhados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Entre outros pontos, o deputado mineiro eleito, que é evangélico, também agradeceu Lula por não trazer a religião como assunto para discussões eleitorais e que tema é um dos principais em questão de ataques de Bolsonaro e seus apoiadores. O petista afirmou, então, que tem insistido muito com correligionários para não ir a eventos religiosos durante a campanha.
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