Em entrevista ao Diário de Goiás, o especialista de marketing de produtos e verticais na Imagem Geosistemas, Humberto Figliuolo Junior, explica sobre o papel da inteligência geográfica no combate à dengue. O tema é abordado em meio a uma situação de emergência que está sendo enfrentada em Goiás e em todo o Brasil após aumento dos casos da doença.
Segundo o especialista, as tecnologias de inteligência geográfica (IG) surgem como soluções promissoras, permitindo a análise espacial de dados geoespaciais para tomada de decisões mais inteligentes e eficientes. Essas tecnologias são aplicadas no monitoramento ambiental, gestão de recursos naturais, planejamento urbano, saúde e segurança pública.
É uma ciência que tem como posicionamento o local como o importante. E a partir dali você consegue analisar, gerar relações e buscar padrões.
Humberto Figliuolo Junior
“É o que a gente chama hoje de sistemas de informações geográficas, onde a posição é inter-relacionada para entender o comportamento daquela região e assim buscar ali uma visão mais detalhada”, explica Junior. Na prática ele destaca as principais contribuições de solução tecnológicas no cenário atual da dengue no Brasil:
• Mapear precisamente os focos de mosquito, podendo identificar com precisão os locais de maior risco, direcionando as ações de combate à dengue de forma mais eficiente.
• É possível gerar alertas e campanhas personalizadas. Com isso, a população poderia receber alertas e informações sobre os riscos de dengue em suas áreas, além de dicas personalizadas de prevenção.
• Monitorar de forma constante por meio de dados georreferenciados, podendo acompanhar a evolução da doença e identificar novos focos de mosquito permitindo ações preventivas mais eficazes.
Relação com as prefeituras
Vale destacar que o Governo Federal, por meio da Secretaria de Governo Digital (SGD), firmou um acordo com a Esri e Imagem Geosistemas para oferecer descontos em soluções de geotecnologia para órgãos e entidades públicas de todo o país vinculado ao Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (SISP), que coordena os recursos de tecnologia da informação do Poder Executivo Federal. Segundo Humberto, alguns municípios brasileiros já adoram o sistema, são eles: Rio de Janeiro, Itajai, Itabira, Guarapuava e Agravos.
Conforme o especialista, a iniciativa busca diminuir a incidência dos casos de dengue e trazer informação para os gestores locais “para gerir isso de uma forma única, integrada, falando da mesma informação, tendo a mesma visão situacional e do mapa para tomar ação”, afirmou. “Então, a ideia é você se preparar, ter a informação, saber onde está acontecendo e saber também onde já aconteceu para você tomar ações mais assertivas”, completou.
Cabe à prefeitura normalizar esse estado de calamidade ou estado de situação crítica o mais rápido possível.
Humberto Figliuolo Junior
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