22 de dezembro de 2024
Economia

Safra goiana aumenta 15% em 2019. Setor rural prevê crescimento em 2020

A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) apresentou o balanço das atividades de 2019 e a perspectiva para o setor agropecuário no ano de 2020. O presidente da federação, José Mário Schreiner, houve um aquecimento no mercado. Nos dois primeiros trimestres de 2019, Goiás registrou crescimento no PIB na ordem de 3,4% e o setor agropecuário aumento de 6,1%. A safra goiana em 2019, cresceu 15%.

“A Safra em Goiás cresceu 15%, os números são muito bons. Conseguimos manter os níveis de exportação de forma adequada. De tudo que se exporta em Goiás nós temos aí a participação de mais de 70%, ou seja, a cada dez dólares que se exporta, mais de sete são da agropecuária”, afirmou o presidente da FAEG.

A FAEG destacou que houve alta no PIB do agronegócio acumulado no primeiro semestre, na ordem de 3,3%. A agropecuária foi o 2º setor com o maior saldo positivo na geração de empregos, com 22,7% do saldo de novos postos de trabalho em 2019. Para o ano que vem, o presidente da FAEG, espera um aumento da produção, retomada do crescimento de forma mais substancial, além de avanços nas reformas como a administrativa no governo federal. Há reclamações quanto ao fornecimento de energia elétrica no estado.

Produtividade

De acordo com a FAEG houve aumento de 16% na produção e de 7% na área de grãos no ano de 2019. No período houve quebra na Safra da Soja, uma redução de 3,2%. Altas no milho na ordem de 41%, Cana 12%, Carne bovina 7,84% e Leite 10,8%.

Quanto à produção de proteína animal, apenas a carne bovina registrou redução da produção em Goiás. Os preços pecuários apresentaram no geral elevações em 2019. Na carne bovina queda de 1%. Frango aumento de ¨6%, carne suína: 1% e Leite, um aumento de 3%.

Já em relação a preços houve elevação de 8,8% em relação a carne bovina, 17,6%; 27,7% em relação a carne suína e 8,7% no preço do leite.

Exportações

Foi informado que até outubro foram exportados US$ 4,32 bilhões. O agronegócio goiano chega a 155 países. A soja representa 50% e a carne 25%. Os principais destinos dos produtos agropecuários goianos foram: China, União Europeia, Rússia e Japão. O destaque nas exportações de milho que foram maiores 200% em comparação com o ano anterior.

Formação Rural

Foi informado que com formação rural, envolvendo cursos e treinamentos ocorreram no ano 4772 ações, com 64.434 participantes. Na área de Educação Formal no campo foram 25 mil 515 alunos capacitados de foram presencial ou via Educação à Distância (EAD).

Carne

Somente em relação a carne bovina houve uma elevação no preço da carne bovina na ordem de 23% de outubro para novembro. O presidente da FAEG explicou que ocorreram alguns fatores que provocaram a elevação do preço da carne. Mas que de forma gradativa o valor possa reduzir, mas não nos patamares anteriores.

“São alguns fatores, os preços da carne vinham desde 2015 achatados no mercado, houve um abate muito grande, diminuiu a oferta de bezerros no mercado, por conta do abate de matrizes. Houve a seca mais intensa nos últimos anos, as chuvas não regularizaram, o terceiro motivo o mercado externo, a China aumentou a compra de carnes (bovina e suína). A tendência é que o preço caia um pouco mais. E não voltarão mais aos níveis anteriores”, explicou o presidente.

Enel

Outro ponto destacado pelo presidente da FAEG, José Mário Schreiner é o serviço de energia elétrica prestado em Goiás. Na mesma linha do governo estadual, Schreiner fez diversas críticas em relação ao fornecimento em Goiás. Ele argumentou que os produtores rurais tiveram vários prejuízos ao longo do ano e que esta é uma questão a ser enfrentada em 2020.

“É um problema que tem afetado bastante os produtores rurais. Há discussão com os representantes da empresa. A FAEG tem ciência sobre a dificuldade de trocar a fiação de 30, 40 anos. O pedido é para melhorar a agilidade de religação de energia elétrica, com profissionais que conheçam a realidade local. As decisões de Roma não servem para Goiás, cada região tem a sua particularidade, a classe produtora tem sofrido muito. A FAEG discorda da resolução da Aneel sobre a taxação da energia solar”, afirmou.


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