Vítima de complicações em decorrência de um câncer no estômago, morreu na manhã desta segunda-feira (15) o jornalista goiano Helvécio Cardoso, 66 anos. O escriba é considerado um dos principais jornalistas de Goiás, além de analista político e jurista.
O governador Ronaldo Caiado lamentou esta perda para o jornalismo goiano e externou solidariedade à família e ao amigos.
“Neste momento de profunda dor e consternação, eu e minha esposa Gracinha Caiado oramos a Deus para que, em sua infinita bondade, possa confortar a cada familiar, amigo e leitor desse intelectual e grande ser humano que Goiás tanto se orgulha de ter tido entre os seus mais brilhantes quadros”, disse Caiado.
Helvécio Cardoso era formado em Direito pela Universidade Federal de Goiás (UFG), combativo e culto, escreveu nos jornais Diário da Manhã, Opção e Folha de Goiás, onde também revelou seu talento como ilustrador. Considerado pelos colegas como um dos mais primorosos profissionais de sua geração e sempre se mostrou diferenciado com suas análises fundamentadas sobre a conjuntura política, o contexto econômico e os desafios sociais. No Direito, atuou no tribunal do júri em diversos estados e também era reconhecido igualmente pelo talento nesta área.
De acordo com o jornalista Ulisses Aesse, presidente do Clube de Repórteres Políticos (CRPO), ‘Helvécio era multitalentoso e polímata, já que escrevia músicas, ilustrava e redigia textos jornalísticos com a mesma maestria’.
Segundo o também jornalista Wellinton Silva , Helvécio era analista político com grande sagacidade e não escondia sua preferência pelo viés ideológico socialista. Silva destaca ainda que Helvécio foi um dos primeiros analistas a apontar os abusos da Operação Lava Jato, comandada pelo então juiz Sergio moro, que teve suas decisões contra o ex-presidente Lula da Silva (PT) todas anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por irregularidade na condução da operação.
Ainda de acordo com Wellington Silva, Helvécio foi, no início da última década, para Paris, onde conviveu com o amigo cineasta Tede Silva, a quem mais direcionou seus debates e diálogos intelectuais. Na oportunidade, realizou pesquisas sobre a Constituição Francesa e conviveu com círculos de artistas, visitando os grandes centros do conhecimento e universidades.
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