O governador Ronaldo Caiado (UB) ofereceu o envio de tropas da segurança pública de Goiás para ajudar o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). A declaração foi ao jornalista e comentarista político da Tv Globo, Gerson Camarotti, na manhã desta quarta-feira (29). Durante a madrugada, moradores do Rio levaram mais de 60 corpos para uma praça da cidade, indicando que o número de mortos pode passar em muito os 64 confirmados na terça por Castro – resultado mais letal da história das operações de segurança no Rio de Janeiro.
Durante sua participação no telejornal Bom Dia Brasil desta quarta, Camarotti disse que Caiado conversou com Castro sobre a oferta das tropas. Também disse que o governador de Goiás afirmou que vai convocar uma reunião dos governadores de direita para tratar de ações de segurança nos estados.
Na terça, Ronaldo Caiado publicou um vídeo em que dá parabéns ao governador carioca pela megaoperação realizada desde a madrugada, e critica o governo Lula. No vídeo, ele ecoa falas que Castro fez ao divulgar a operação, dizendo que o Rio agiu “sozinho”, indicando falta de apoio do governo federal. À noite, entretanto, após ministros afirmarem que ele não pediu apoio, não compartilhou que faria a operação na terça, e que foram transferidos para gastos na segurança do Rio quase R$ 288 milhões entre 2019 e 2025, dos quais apenas R$ 157 milhões foram executados, o carioca voltou atrás nas falas e disse que foram mal interpretadas.
Ainda nesta manhã, Castro disse que participaria de uma videochamada com outros governadores. A assessoria de Ronaldo Caiado confirmou que ele estava participando dessa reunião por volta das 10h. Ainda não há informações sobre a oferta de policiais goianos, como seria esse planejamento e nem se Castro aceitou.
A megaoperação no Rio contou com 2,5 mil agentes das polícias estaduais e mirou 26 comunidades dos complexos da Penha e do Alemão, que vivem acuadas pela facção Comando Vermelho.
A reação bélica dos criminosos gerou caos na cidade. O governo confirmou 64 mortes na terça, das quais quatro eram policiais em serviço. Com os corpos levados pelas comunidades nesta quarta o número deve subir.
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