13 de agosto de 2024
Política

Ronaldo Caiado bate e José Eliton sai em defesa do governo

O vice-governador de Goiás, José Eliton (PSDB), e o senador Ronaldo Caiado (DEM) trocaram duras críticas nesta quarta-feira, 15.

No meio da tarde, Caiado afirmou na tribuna do Senado que o dinheiro da venda da Celg estaria sendo usado para a compra de prefeitos em Goiás por parte do governador Marconi Perillo (PSDB).

Segundo ele, está em curso no Estado um forte mecanismo de pressão para que os prefeitos saiam de seus partidos para aderir ao PSDB, sob pena de não verem os recursos chegarem às suas cidades.

Caiado citou encontro Estadual do PSDB do dia 17 de fevereiro para reforçar seu ataque.

O governador afirmou, no evento, que tem como meta “chegar rapidamente, ainda no primeiro semestre, aos 100 prefeitos”, acrescentado: “pois isso vai ser importante para o nosso projeto em 2018”.

Disse Caiado: ““No ano passado assumi a tribuna várias vezes para relatar a minha preocupação com a privatização da Celg. Não por ser contra a privatização, porque acho que o Estado deve se restringir, mas porque queriam aproveitar a transação para enterrar esqueletos, esconder a má gestão e os desvios ocorridos para campanhas políticas.”

“A pergunta que faço é a seguinte: onde está o Ministério Público de Goiás? É possível um partido que elegeu 77 prefeitos usar o dinheiro da Celg para pressionar outros prefeitos a aderirem ao partido? Isso é uma afronta ao eleitor. A máquina do governo vai contra o desejo daqueles que elegeram os prefeitos em suas cidades”, acrescentou.

Citando dados de ações do governo, o senador sentenciou que o governo está mais atento ao continuísmo do que à administração pública. “É inaceitável, inadimissível. O Estado é o 2º em roubo de carros no País. Os Hospitais Regionais estão inacabados. São 448 obras atualmente sem conclusão. E o dinheiro da Celg está sendo usado para um projeto político para 2018. Por essa mesma razão é que a Celg foi o Petrolão de Goiás.”

Eliton reage

No início da noite veio a reação do governo por meio do vice-governador. Nas redes sociais e por meio de nota oficial.

No twitter, Eliton bateu duro em uma sequência de mensagens. Acompanhe:

O senador Caiado mostra mais uma vez irresponsabilidade ao ir à tribuna do Senado para novamente tentar distorcer a realidade.

Os recursos da Celg serão usados para obras estruturantes, que vão garantir um novo salto de desenvolvimento ao nosso estado.

Detalhe: o governo apontará, centavo por centavo, para onde serão destinados esses investimentos de recursos oriundos da venda da Celg.

Em verdade, graças ao ajuste fiscal que o governo adotou nos últimos dois anos foi viabilizado um pacote de investimentos aos municípios.

O governo celebrará com os municípios convênios nos quais serão os prefeitos a definirem onde aplicarão tais recursos.

As parcerias com os municípios serão feitas independente de partido político, o que reforça a tradição municipalista desse governo.

O senador deveria respeitar os prefeitos, que não são venais ou cooptáveis, ao contrário, buscam junto ao governo de Goiás, uma ação conjunta para superar suas dificuldades.

As infelizes declarações do senador apenas revelam seu oportunismo de buscar holofotes.

O senador, que chegou a defender a saída de Temer do cargo, nessa semana usando da máquina federal, em flagrante oportunismo politico, leva um ministro do presidente a um evento em Rio Verde para fazer proselitismo.

Em verdade, ela tenta medir outros pela sua régua.

Uma pena, pois a defesa dos interesses de Goiás se faz por ações concretas e não bravatas inúteis e levianas.

Na nota, mais discurso forte. Confira, na íntegra:

Em mais uma clara demonstração de seu desespero político e de sua total falta de compromisso com os cidadãos de Goiás, o senador Ronaldo Caiado busca os holofotes na tentativa de desqualificar o trabalho do Governo do Estado e do governador Marconi Perillo em prol dos goianos. Obstinado em levar adiante seu projeto pessoal de poder, Ronaldo Caiado não mede a extensão de suas bravatas e mentiras.

Novamente o alvo de Ronaldo Caiado é a privatização da Celg Distribuição, cuja receita, da ordem de R$ 1,1 bilhão, será integralmente aplicada em obras e benefícios para a população. O senador não suporta conviver com a perspectiva de que, muito em breve, esses recursos serão aplicados em obras de infraestrutura, saúde, educação e segurança pública que reforçarão ainda mais o programa de governo transformador de nossas gestões, pactuado com a população, prefeitos, parlamentares, instituições de todos os Poderes e o setor produtivo do Estado.

Ao lado do governador Marconi Perillo, estamos preparando a apresentação de um amplo Programa de Investimentos e Entrega de Obras e Benefícios para 2017 e 2018. Esse programa, resultado do planejamento de governo, das audiências com os prefeitos goianos e da interlocução com a população, será apresentado ao Estado no próximo dia 30 de março, de forma detalhada, ação por ação, com seus respectivos valores e fontes de recursos. Entre essas fontes está a receita da privatização da Celg Distribuição.

O Programa de Investimento e Entrega de Obras e Benefícios (que será apresentado dia 30) é, essencialmente, uma ação do Governo de Goiás em prol do desenvolvimento dos municípios. Foi pactuado com todos os prefeitos e sua fonte de financiamento são recursos do Tesouro Estadual, e não da Celg Distribuição, como quer fazer crer o senador. Essas receitas são oriundas das fortes medidas de austeridade fiscal aprovadas pela Assembleia Legislativa, cujo resultado é reconhecido nacionalmente pela imprensa nacional.

A insurgência de Ronaldo Caiado contra o Programa atesta seu desrespeito aos prefeitos de Goiás, especialmente àqueles filiados aos partidos de oposição ao Governo de Goiás, entre eles os de sua legenda, o DEM, que abraçaram a proposta de parceria republicana e municipalista apresentada pelo governador Marconi Perillo. Ao contrário do que diz o senador, a postura dos prefeitos de Goiás não é venal e oportunista, mas desenvolvimentista e progressista, voltada para o fortalecimento dos municípios e para o bem-estar dos cidadãos goianos.

Ronaldo Caiado mede a todos sob sua ótica política perversa, em que os critérios são sempre a conveniência e o oportunismo. Conveniência que o faz atacar o governo do presidente Michel Temer, pedindo sua renúncia, e, em seguida, abraçar ministros em visita ao Estado. Oportunismo que o faz buscar os holofotes para tentar denegrir o trabalho de quem realmente está ao lado da população de Goiás. Seu ódio tem como resulado a solidão política, porque a população de Goiás quer continuar avançando em prol de uma vida plena e digna, com emprego, renda e paz social.


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