Em entrevista ao Jornal Bandeirantes nesta segunda-feira (6), o delegado titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente (DEMA), Luziano de Carvalho, afirmou que o inquérito sobre o rompimento da barragem em Pontalina já foi instaurado para determinar as causas e possíveis autores.
Segundo ele, já foi possível determinar que o problema foi ocasionado pelo excesso de chuva, mas que possivelmente foi somado com demais problemas de instalação da barragem. O investigador esteve no local junto com a Polícia Técnico Científica.
“De antemão posso dizer que houve mal de dimensionamento, um extravasor lateral foi parcialmente fechado e isso para aumentar o número de capacitação”. Ele completou: “Verificamos também que se trata de um reservatório para irrigação. Aumenta e diminui a vazão e isso na nossa visão contribuiu para o rompimento”.
Ainda segundo Luziano, informações não oficiais confirmam que a barragem tinha licenciamento para a construção, mas não tinha o chamado cadastro de segurança exigido para construções desse nível.
Ele lembrou de vários outros casos recentes de rompimentos recentes e disse que ele são alertas. “Os avisos estão acontecendo. Temos que ver que meio ambiente é prevenção. Temos que agir antes que ocorra”, indicou o delegado.
Para ele, as equipes de fiscalização da Secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) tem feito um bom trabalho na busca de condições de ter monitoramento.
“Todo mundo sabe que o preço da boa qualidade ambiental é a eterna vigilância. Temos que ter controle. Tenho visto que o órgão estadual do meio ambiente tem buscado ter condições de ter monitoramento. É preciso desse acompanhamento, mas acredito no envolvimento e capacidade no órgão estadual de meio ambiente, da Polícia Civil de investigar e chegar aos autores”, finalizou.
Inquérito
Segundo Luziano, ele deve encaminhar a presidência do inquérito para o delegado titular de Morrinhos, para que conclusão seja feita com celeridade e para que ocorra um esforço para que mais acidentes como o relatado não aconteça em Goiás.
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