Saindo de um período turbulento na relação com a Câmara dos Vereadores, com críticas de parlamentares e até insaturação de Comissão Especial de Inquérito para apurar irregularidades na Comurg, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) diz não saber exatamente o tamanho de sua base no legislativo, mas indica que conseguiu contornar as crises e vive momento de maioria na Casa.
“Um exemplo são as leis complementares da Câmara, não estão paradas, estão sendo encaminhadas, algumas já passaram pela CCJ outras já foram aprovadas em primeira votação. Os vereadores têm mostrado apoio a nossa gestão”, destacou Rogério Cruz em entrevista exclusiva ao Diário de Goiás publicada nesta quarta-feira (31/05).
Rogério Cruz reforça que não consegue quantificar exatamente o tamanho de sua base, mas reforça a maioria. “Eu não posso garantir números, mas são positivos quando se trata de projetos do Executivo, o que nos dá uma larga vantagem de poder dizer que temos uma base na Câmara, não posso dizer a quantidade mas é uma base que tem construído juntamente conosco inclusive nessas leis complementares que estão tramitando na Câmara”, reforçou.
Rogério Cruz não responde se relação com Policarpo está pacificada
Após mais de um ano de tensão no diálogo com o presidente da Câmara, Romário Policarpo (Patriota), Rogério Cruz chegou a ensaiar uma reaproximação com o político no começo do mês. A indicação do engenheiro civil Marcelo Torrubia, do grupo de Policarpo para a Secretaria Municipal de Mobilidade foi um indicativo que novos ventos estariam baixando na administração.
No entanto, com a negociação com a bancada do MDB que busca indicar um nome para a Secretaria de Planejamento Urbano e Habitação (SEPLANH), hoje ocupado por Valfran de Sousa Ribeiro (Patriota), indicação de Romário Policarpo tornou a esquentar a relação entre chefes do executivo e legislativo.
Se a relação foi pacificada, Rogério Cruz tentou de alguma forma se esquivar da resposta e tentou acenar elogios ao vereador. “O Romário Policarpo tem todas as suas prerrogativas, é meu amigo pessoal, fomos vereadores juntos. Tive a oportunidade de votar a favor dele para estar presidente daquela Casa duas vezes e o Romário tem hoje o poder de ser o presidente da Câmara”, pontuou.
No entanto, deu recados claros a Policarpo. “Agora, decisões quando se trata de decisões em que o governo municipal toma atitude e a Câmara toma a sua atitude. São dois poderes distintos mas que precisam andar em harmonia. Toda a crítica construtiva é bem vinda e os vereadores têm elas, assim como o presidente da Casa as tem. Estamos buscando soluções para elas”, destacou.
Sobre a busca por cargos e a exigência de Policarpo em determinadas pastas, Cruz ressaltou. “A decisão de secretariado, por mais que venha um nome indicado do partido como o Avante, por exemplo, a decisão é do executivo. O executivo é quem decide quem assumirá a pasta, por mais que o partido queira entrar ou outro nome apareça para ser colocado a mesa, o executivo vai analisar”.
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