24 de dezembro de 2024
Esportes

Rogério Ceni reclama da ‘aposentadoria compulsória’

O goleiro não escondeu a contrariedade com a falha de comunicação da empresa e criticou duramente o tom do convite enviado para jornalistas na quarta-feira, que antecipava seu adeus aos gramados

São Paulo – “Aposentado” pela Penalty, graças a um e-mail da fornecedora de material esportivo do São Paulo que convidava a imprensa para uma entrevista coletiva na qual o goleiro faria o anúncio oficial da sua despedida dos gramados, Rogério Ceni mostrou-se perplexo com o imbróglio envolvendo o que seria apenas o lançamento de uma camisa especial que, em tese, seria a última da sua carreira.

O goleiro não escondeu a contrariedade com a falha de comunicação da empresa e criticou duramente o tom do convite enviado para jornalistas na quarta-feira, que antecipava seu adeus aos gramados. No texto, a Penalty convocava a imprensa para “participar do anúncio da despedida de Rogério Ceni”, quando também divulgaria o novo uniforme.

“O que temos acordado é uma camisa comemorativa pelos mais de 20 anos de clube. Sinceramente, não sei de onde isso foi tirado. Ninguém tem o direito de escolher a data (da aposentadoria). Não entendo de onde surgiu. É a primeira vez que vi isso na vida”, reclamou Rogério Ceni.

Depois das críticas que recebeu pela falha, a Penalty agiu rápido e decidiu demitir a sua equipe de comunicação, que é terceirizada. A empresa enxerga que foi seu fornecedor responsável pela assessoria de imprensa que cometeu o erro de divulgar o convite sem sequer consultar as partes envolvidas.

O fato é que a empresa de material esportivo trabalhava num cronograma levando em conta que Rogério Ceni encerraria a carreira no fim deste ano, conforme anunciado previamente por ele, mas o goleiro começou a dar recentemente sinais de que poderia rever seus planos e atuar por pelo menos mais seis meses. Mesmo sem a confirmação, ele continua trabalhando para desenvolver os produtos.

A relação da Penalty com o São Paulo já vem desgastada há tempos. O clube reclama de falhas na distribuição e confecção de uniformes, mas nada tem deixado a diretoria mais irritada do que os constantes atrasos de pagamento. Por isso, a direção são-paulina tenta romper o contrato de patrocínio e assinar com a Puma, mas esbarra nas cláusulas contratuais.


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