23 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 09:43

Rocinha amanhece com escolas fechadas e nenhum registro de tiroteio

Forças Armadas continuam no Rio de Janeiro (Foto: Vladimir Platonow/Agencia Brasil/ Fotos Públicas)
Forças Armadas continuam no Rio de Janeiro (Foto: Vladimir Platonow/Agencia Brasil/ Fotos Públicas)

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A madrugada desta segunda-feira (25) foi sem tiros na Rocinha, favela em São Conrado, na zona sul do Rio, que entrou no quarto dia de operações policiais em conjunto com as Forças Armadas.

As nove escolas da região, no entanto, não abriram as portas e 3.344 alunos ficaram sem aula. O objetivo é evitar que crianças fiquem na linha de tiro caso os confrontos recomecem.

Militares fazem o patrulhamento nos acessos do morro, numa espécie de cerco, enquanto policiais fazem incursões na parte alta da favela em busca de traficantes dos bandos que entraram em guerra na semana passada. Há a suspeita que parte do bando de Rogério Avelino, o Rogério 157, estaria na mata ou escondido em casas no alto da favela.

A sensação na comunidade é de que a qualquer momento o conflito pode eclodir novamente. A polícia busca homens, armas e drogas da facção ADA (Amigos dos Amigos), que rachou dando início ao conflito no domingo (17).

Escolas particulares como a Escola Americana e a Escola Parque, de classe média alta, também suspenderam aulas nesta segunda. As unidades ficam na Gávea, bairro da zona sul que fica do lado oposto da encosta onde fica a favela.

Na sexta-feira (22) e no sábado (23), a polícia entrou em confronto com criminosos que tentavam escapar do cerco pela mata no topo da favela, que dá acesso à estrada da Gávea, local próximo às escolas.

Parte dos traficantes tentou fugir pela Floresta da Tijuca, que circunda a Rocinha e dá acesso a bairros da zona sul e zona norte. No sábado, por exemplo, houve troca de tiros no Alto da Boa Vista e também em regiões da Tijuca, zona norte, próximas às saídas da floresta.

Os últimos tiros registrados na Rocinha ocorreram na tarde deste domingo. Desde então, não há registro de confrontos.

O balanço de uma semana de operação tem sete mortos, 16 prisões e 2 detenções de menores. Foram apreendidos 22 fuzis, oito granadas, duas bombas de fabricação caseira, duas pistolas, 84 carregadores e 2.151 munições. Ainda não foram encontradas quantidades significativas de drogas. (Folhapress)

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