O ex-deputado federal Roberto Freire teve seu afastamento da presidência do Cidadania aprovado pela cúpula do partido neste sábado (9). Em agosto, durante reunião da Executiva Nacional da legenda, ele acusou parte da diretoria do partido de querer derrubá-lo para que pudessem apoiar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O então líder da sigla, que é crítico da gestão de Lula, era contrário ao apoio. A reunião terminou com bate-boca e xingamentos.
Freire estava na presidência do Cidadania desde 1992. Antes chamado PPS, o partido teve origem em 1922, denominado Partido Comunista Brasileiro (PCB). Filiado desde 1985, o ex-deputado, que também foi senador e ministro da Cultura do governo de Michel Temer (MDB), chegou a disputar a presidência da República pela legenda nas eleições de 1989.
Com a saída de Roberto Freire, Plínio Comte Bittencourt, líder do Cidadania no Rio de Janeiro, assumirá a presidência do partido.
O político informou sua saída do comando da legenda por meio de nota. Leia na íntegra a seguir:
“À Executiva Nacional do Cidadania
Comunico minha saída da direção nacional. Desnecessário dizer que é irrevogável. Encerro, assim, uma longa vida neste partido, o único desde o PCB nos idos de 1962 do século passado.
Com a certeza de ter contribuído para sua bela história, de forma honrada e digna, saio ressaltando os homens e mulheres que deram a vida e respeito ao partido. Penso ter honrado a todos eles, travando o bom combate até o fim.
Fui leal aos meus princípios, aos princípios do partido e à nossa história, que, espero, não consigam desonrar. Aos amigos e companheiros leais de luta, que se somaram a mim nesse esforço, meu respeito e minha gratidão. Nestes termos, peço que tomem as devidas providências.
Roberto Freire”
LEIA TAMBÉM: Brasil recebe presidência do G20 e anuncia força-tarefa contra fome e pobreza
Leia mais sobre: Afastamento / cidadania / Política