23 de dezembro de 2024
Entretenimento • atualizado em 13/02/2020 às 09:46

Ritinha não deseja o mal das pessoas, diz Isis Valverde sobre personagem

Ritinha, papel de Isis Valverde em “A Força do Querer”, da Globo, não é uma protagonista qualquer. Ela mente, é bígama, egoísta, manipuladora e ainda esconde a verdadeira paternidade do filho. Mas a atriz garante que nada aí é maldade.

“Ela é uma sereia. E sereias não têm esse tipo de regras ou de vivência ou de vontade. Para ela, isso não importa. O que importa é viver a vida, sem ligar para o dia de amanhã”, diz.

Tal como a personagem Ariel, da Disney, Ritinha é uma seria que de repente ganha pernas e vai parar na cidade. E se a história causou espanto quando a novela de Glória Perez estreou em março, hoje, na reta final da trama, são as peripécias da personagem que deixam telespectadores boquiabertos.

“Se você entender que ela é uma sereia, vai entender por que ela age assim. Ela vai pela natureza dela”, afirma Valverde durante conversa com jornalistas, que aconteceu em setembro, nos intervalos de gravação do folhetim.

RETA FINAL

A poucos dias de acabar, Perez, a autora, não deixa escapar “spoilers” da sua protagonista. Mas especulações não faltam.

O mais provável é que o destino de Ritinha seja terminar sozinha, nadando no rio, na fictícia Vila Parazinho, como uma sereia da mesma forma que começou na trama.

“Ela é tão impulsiva que a impulsividade dela faz com que o telespectador duvide do seu caráter. Acha que ela é dúbia, mas ela não deseja o mal das pessoas. Ela é apenas impulsiva. E ela vai se ferrar porque uma hora esse impulso vai trazer coisas para ela também”, adianta Valverde, sem se adentrar em maiores detalhes.

Durante todo o folhetim, Ritinha foi disputada por Zeca, personagem de Marco Pigossi, e por Ruy, vivido por Fiuk. Teve um filho com primeiro, mas entregou a paternidade para o segundo.

Quando teve problemas, correu para “se esconder no mar”. “Parece mentira. Quem é que faz isso?”, questiona Valverde, entre risos.

Num dos pontos mais altos da trama, deu uma surra em Irene, vilã de Débora Falabella, então amante de Eugênio, personagem de Dan Stulbach -e pai de Ruy. “Mas agressão não é uma coisa legal. Não é legal fazer justiça com as próprias mãos”, diz.

MISTICISMO

Ritinha não é a primeira personagem de Perez que pode ter um final “sobrenatural”.

Algo parecido aconteceu com o cientista Albieri e “sua criatura”, Leo, em “O Clone”, novela da mesma autora exibida pela emissora carioca de 2001 a 2002. Na trama, os dois terminaram caminhando, sozinhos, pelo deserto do Marrocos, onde parte da novela se passava.

“A história vai ter um retorno. E o por que dessa mulher se esconder no mar. Não posso falar muita coisa que a Glória me mataria”, desconversa Valverde.

Sereia, água, impulsividade. É difícil entender tudo isso? Tente o exercício de ver o mundo tal como Ritinha. “Eu achei lindo uma coisa que a Ivana [interpretada por Carol Duarte] falou para ela em determinado capítulo: ‘Para você tudo é simples’. E aí vem a Ritinha e responde: ‘Mas a vida é simples. Vocês é que complicam’.”

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