23 de dezembro de 2024
Destaque 2

Rio Verde adota modelo intermitente de abertura e fechamento do comércio nos próximos 28 dias

Prefeito Paulo do Vale em coletiva transmitida via Facebook. (Foto: Reprodução/Facebook)
Prefeito Paulo do Vale em coletiva transmitida via Facebook. (Foto: Reprodução/Facebook)

Um decreto assinado pelo prefeito Paulo do Vale (DEM) na última sexta-feira (19) liberou o funcionamento do comércio, academias, bares, restaurantes, além de escolas de música, idiomas e cursos profissionalizantes em Rio Verde. Os estabelecimentos poderão ficar abertos por 14 dias. Depois disso, a norma prevê que fechem novamente por 14 dias.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Eduardo Ribeiro, as decisões são norteadas pela disponibilidade de leitos e a taxa de contaminação, que é verificada por inquéritos sorológicos periódicos. Atualmente, ela está com viés de baixa. Ribeiro pontua que a intermitência entre abertura e fechamento quebra o ciclo do coronavírus Sars-CoV-2, causador da Covid-19.

“Libera 14 dias, haverá um aumento de contaminação. É normal, pois o povo vai para rua. Depois, fechamos por 14 dias, para uma janela de desinfecção. O ciclo do vírus é 14 dias. Você tira a população da rua por 14 dias e quebra o ciclo do vírus novamente. Isso nos permite manter o equilíbrio de contaminados e a oferta de estrutura hospitalar que contemple todos que necessitarem”, explicou.

O secretário diz que, por ora, essa intermitência ocorre somente nos próximos 28 dias. Esse período, conforme explica, pode compreender o pico da taxa de contaminação no Brasil, segundo projeção da Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Estamos subindo a ladeira há cerca de 20 dias e chegando próximo ao topo da ladeira e, depois, vamos começar a descer. O que vai nos dar o norte para prorrogarmos ou não, serão os números daquele período. Eles são muito dinâmicos. Não podemos fazer uma previsão para mais de 28 dias”, ponderou.

Estratégia de testes

Conforme o boletim epidemiológico mais recente, Rio Verde tem 5569 casos e 29 mortes. No dia 1 de junho, eram apenas 113 casos e dois óbitos. O grande crescimento se deu após testagem em massa, depois de um acordo firmado com indústrias da cidade para aplicar testes em todos os trabalhadores. Apesar do incremento de quase 5.000% em apenas 20 dias, o sistema de saúde resistiu. “Puxamos o freio de mão no momento correto. É planejamento. Não vai colapsar. Não vamos deixar colapsar”, afirmou Ribeiro.

A estratégia de testagem em massa, conforme o secretário de Saúde, seguirá na cidade. De acordo com Eduardo Ribeiro, rastrear o vírus e promover o isolamento é a forma mais eficaz de contê-lo.

“Entendemos que só existem duas situações possíveis de combater o vírus, que é saber onde ele está, como está a contaminação, e fazer o isolamento social. Sem isso, não existe controle do vírus. Quem não fizer dessa forma, nosso entendimento é que não controla o vírus. A sujeira está toda em baixo do tapete. Se levantou o tapete, tira a sujeira, como estamos fazendo aqui em Rio Verde”, afirmou.


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