11 de agosto de 2024
Brasil • atualizado em 12/02/2020 às 23:55

Rio: Sete policiais condenados pela morte do pedreiro Amarildo são expulsos da PM

Sete dos 12 policiais militares condenados pelos crimes de tortura, morte e desaparecimento do corpo do pedreiro Amarildo de Souza, no Rio de Janeiro, em 2013, foram expulsos da Polícia Militar do estado. As expulsões foram divulgadas nesta quarta-feira (24).

Os expulsos são: terceiro-sargento Jairo da Conceição Ribas; soldados Marlon Campos Reis, Jorge Luiz Gonçalves Coelho, Anderson César Soares Maia, Wellington Tavares da Silva, Fábio Brasil da Rocha da Graça. O sétimo soldado, Victor Vinícius Pereira da Silva, morreu antes da conclusão do processo.

A decisão judicial determina que todos os 12 policiais condenados devem perder a função pública. No entanto, a PM ainda não determinou a expulsão do ex-comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, major Edson Santos; do ex-subcomandante, tenente Luiz Felipe Medeiros, e dos soldados Felipe Maia Queiroz Moura, Rachel de Souza Peixoto e Thaís Rodrigues Gusmão.

De acordo com a Polícia Militar, os cinco ainda estão respondendo processo administrativo disciplinar.

Entenda o caso

O major Edson Santos determinou, em 2013, que os policiais de sua unidade localizassem os suspeitos de ligação com a venda de drogas na Rocinha e os levassem para interrogação na sede da UPP. Entre os suspeitos, os policiais receberam a informação de que o pedreiro Amarildo de Souza “estaria com as chaves do paiol do tráfico”.

Com isso, Amarildo foi levado à sede da UPP e, de acordo com a Justiça do Rio de Janeiro, foi torturado e morto por um grupo de policiais, sob as ordens dos dois oficiais da Unidade. Enquanto o crime acontecia, outros militares faziam a vigilância da base. Após a morte, o corpo foi ocultado pelos policiais.

Para o advogado da família de Amarildo, João Tancredo, a condenação é um reconhecimento da morte do pedreiro pelo Estado do Rio de Janeiro. “O sentimento [da família] é que não importa o tempo de pena. O que importa é que o Estado reconheceu que foram os policiais que sequestraram e assassinaram Amarildo”.

No entanto, o corpo do pedreiro nunca foi encontrado.

Com informações da Agência Brasil

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