O ex-tesoureiro da campanha do governador de Goiás, Jayme Rincón, convocado a prestar depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), conseguiu habeas corpus no Supremo Tribunal Federal para permanecer em silêncio no Congresso Nacional. A decisão foi proferida pelo ministro Joaquim Barbosa.
O recurso apresentado por Rincón foi motivo de surpresa. Ainda há pouco o presidente distribuía discursos onde afirmava “grande vontade de falar na Comissão”. Sua “opção” foi incentivada pelo próprio governador goiano, que tem orientado o silêncio para evitar a contradição ou mesmo produzir novas provas.
O porta voz do governador Marconi Perillo é presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas e sócio de uma empresa suspeita de manter relacionamentos com o esquema de contravenção do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O secretario teria se beneficiado com o valor de R$ 600 mil pago pelo contraventor.
Rincón já havia sido convocado pela Comissão outras duas vezes, mas justificou seu não comparecimento por problemas de saúde. O delegado Aredes Correia Pires também estava na lista dos depoentes para sessão desta segunda-feira, 20, mas não foi localizado pela CPMI. Ele também acionou o pedido de habeas corpus o Supremo. O desfalque nas convocações levou os parlamentares à remarcarem a sessão para a próxima quarta-feira, 22.
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