13 de agosto de 2024
Destaque • atualizado em 16/09/2021 às 18:55

Reunião que pode sacramentar aliança MDB-DEM em Goiás é iniciada

Caiado e Daniel se aproximaram ao longo dos últimos meses. Emedebistas querem vê-los juntos na chapa governista em 2022.
Caiado e Daniel se aproximaram ao longo dos últimos meses. Emedebistas querem vê-los juntos na chapa governista em 2022.

O encontro que colocará um ponto final e sacramentará o início da caminhada do MDB, do presidente estadual Daniel Vilela e o DEM do governador Ronaldo Caiado (DEM) começou às 17h20 desta quinta-feira (16/09). Contrário à aliança, o deputado estadual e um dos vice-presidentes da legenda, Paulo Cézar Martins, que defende candidatura própria, participa da reunião.

Jornalistas acompanham toda a reunião, mas do lado de fora do diretório. De acordo com a assessoria do partido, o presidente da legenda Daniel destacou a ida do governador ao diretório, no mês passado, e voltou no tempo para destacar que o próprio Caiado já falou da importância do MDB na vitória ao Senado, em 2014. Daniel diz entender que era imprescindível o processo de consulta que foi feito.

Consulta aprova aliança

O jornal O Popular desta quinta-feira (16/09) destacou que o resultado da consulta entre os diretórios municipais foi 90% a favor do elo entre as legendas. Ainda de acordo com O Popular, 142 manifestações foram a favor da aliança com o DEM, ante 6 que optaram por não apoiar e não entregar nenhuma formalidade acerca do assunto e outras 8 que não quiseram se posicionar, mas que podem ser contra a união dos partidos em 2022. O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, já se posicionou contrário à aliança por entender que o partido deveria lançar candidatura própria ao governo de Goiás.

Daniel, vice; Do carmo, no Senado

Ao Diário de Goiás, o prefeito de Campos Verdes e presidente da Federação Goiana de Municípios (FGM), Haroldo Naves, antecipou na manhã de quarta-feira (15) que a maioria ampla dos municípios é favorável à aliança com o governador. Naves destaca que a cúpula do partido quer ver Daniel, na vice e o senador Luiz do Carmo, disputando a reeleição.

“Queremos hipotecar o apoio ao governador ainda neste mês de setembro, da consulta que foi feita aos municípios com ampla maioria querem o apoio do governador Ronaldo Caiado por ele ter assumido várias pautas estruturantes que eram do MDB, obras de inovação, programas sociais, austeridade da máquina pública. Como o governador atendeu esse projeto de governo é importante que caminhemos com ele agora”, frisou Haroldo.

Aliança abençoada

Com a benção de deputados estaduais, vereadores em Goiânia e pelo interior e maioria dos prefeitos do partido, a aliança vê resistências por parte de setores importantes do partido como o prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha (MDB) e do deputado estadual, Paulo César Martins, que defendem desde o início da discussão, candidatura própria do partido. 

Dias atrás, o presidente da Fundação Ulysses Guimarães em Goiás, Ênio Medeiros, destacou que a consulta que Daniel Vilela tenta fazer aos aliados é nula. O Diário de Goiás fez um apanhado de todos os pontos desse novelo político para que o leitor possa entender a discussão e o debate. 

Aliança costurada há meses

O cortejo entre Caiado e MDB se dá há meses. Em julho, quase todos os prefeitos emedebistas do estado assinaram uma carta defendendo apoio da sigla à reeleição do governador. Em eventos, Caiado e Daniel Vilela trocaram elogios e com o desenrolar do tempo, foram sendo vistos cada vez mais juntos. Em Brasília, no começo de setembro, jantaram juntos. Na pauta, o 5G. Ontem (15), estiveram em Orizona comemorando o aniversário da cidade.

No dia 24 de agosto, foi a vez dos vereadores do partido em Goiânia darem corpo a aliança. Em carta publicada após o encontro com Daniel Vilela, os parlamentares destacam o avanço do Estado sob a gestão democrata e confiam que com o MDB, Goiânia se “tornará ainda melhor para quem vive” na cidade.

A resistência no MDB à aliança com Caiado é vocalizada pelo prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha. Ele defende consulta interna no partido e já falou em sair da legenda se a escolha não for feita de forma democrática. Em várias oportunidades ele defendeu a candidatura própria e uma consulta a todos os militantes da sigla no estado antes que uma decisão seja tomada. 

A tendência é que com a consolidação da aliança, Mendanha deva buscar outra casa para chamar de sua. Ontem (15), em entrevista a Paz FM, reiterou que não caminha no mesmo palanque que Ronaldo Caiado e isso já diz muito. 


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