21 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:51

Restrição em lei da repatriação vai diminuir arrecadação, diz Jucá

Romero Jucá. (Foto: Agência Brasil)
Romero Jucá. (Foto: Agência Brasil)

O líder do governo no Congresso, Romero Jucá (PMDB-RR), diz acreditar que haverá diminuição da arrecadação com a restrição de agentes públicos e seus parentes de fazerem a regularização de ativos enviados ilegalmente por brasileiros ao exterior. O projeto de lei 6.568/16, que reabre prazo para de regularização, foi aprovado na Câmara no último dia 15 e agora segue para tramitação no Senado. As informações são da Agência Brasil.

Na Câmara, o relator do projeto, deputado Alexandre Baldy (PTN-GO), havia retirado a restrição a familiares, o que, segundo alguns parlamentares, abriria uma brecha na lei para legalização de ativos ilegais de políticos. O artigo que permitia a adesão de parentes de políticos à repatriação foi retirado do texto após apresentação de destaques por deputados do PSOL, PT, PC do B, PPS e PSDB.

“Haverá diminuição de arrecadação, haverá questionamentos na Justiça, mas o Congresso fará a sua parte e a Justiça complementará essa discussão”, disse Jucá nesta segunda (20), ao deixar o Ministério da Fazenda, após reunião com integrantes do órgão.

Apesar de acreditar em menor arrecadação, o senador disse que não se pode fazer um “cavalo de batalha” sobre a questão e nem parecer que há intenção de beneficiar alguém com permissão para regularização por agentes públicos e seus parentes.

“Tem grandes empresários que não fizeram ainda [a regularização] porque são parentes de algum agente público e em tese eles terão dois caminhos: ou não fazer ou fazer entrando na Justiça, conseguindo uma liminar como alguns já o fizeram. Acho que cada um deverá consultar sua banca jurídica”, acrescentou o senador.

O senador considera inconstitucional fazer distinção entre as pessoas pelo parentesco, mas destacou que se não há um ponto convergente sobre o assunto, é melhor manter o texto como está.

Jucá acrescentou que o objetivo da conversa com a equipe do Ministério da Fazenda foi harmonizar posições para votar o projeto rapidamente no Senado. “É muito importante que possa haver um esforço do Senado até que se possível para votar esta semana porque nós temos prazo para ampliar a arrecadação”, disse. (Folhapress)

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