O próximo passo do plano de reestruturação do sistema de transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia é o restabelecimento da Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC). Na composição do colegiado, as dez cadeiras são dividas da seguinte forma: o governo do estado tem quatro, assim como Goiânia, enquanto Aparecida de Goiânia e Senador Canedo indicam um representante cada.
Segundo o titular da Secretaria-Geral da Governadoria, Adriano da Rocha Lima, o primeiro passo após o restabelecimento da CDTC é “deliberar as primeiras ações enfrentadas pela CMTC” dentro do plano de reestruturação.
O governo de Goiás é quem indica o presidente da CDTC, enquanto na CMTC há um rodízio na cadeira do presidente. O nome para comandar os trabalhos não foi definido. “Isso vai ser decidido. A CDTC é independente, então vai ser indicada uma pessoa representando o governo”, pontua o secretário.
Depois, a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) se integrará à Metrobus. “É um movimento societário que todos sabem o que fazer, mas são várias etapas jurídicas”, diz Rocha Lima.
O governo também deve enviar à Assembleia Legislativa um Projeto de Lei Complementar para ajustar pontos do texto aprovado no fim do ano passado, que iniciou a reestruturação do transporte. “Vamos corrigir, por exemplo, a questão da intermunicipalidade. O texto vetado pelo governador vinha com uma palavra que não estava no projeto original. Essa palavra descaracteriza a rede metropolitana de transportes. Essa palavra foi retirada”, detalha o secretário.
Reformas e tarifa
Dentro do processo de melhorias, o secretário destaca a parceria público-privada (PPP) para troca da frota do Eixo Anhanguera por ônibus elétricos. A previsão é que os primeiros veículos efetivos, já dentro das especificações das plataformas goianienses, cheguem entre junho e julho. Além disso, haverá reformas nos terminais.
“A PPP vem junto com a reforma de todos os terminais e reurbanização do Eixo Anhanguera, em parceria com o município de Goiânia. Caminhando tudo dentro planejado, no meio do ano, em junho ou julho, começarão a chegar os primeiros ônibus efetivos para substituir a frota”, reforça o secretário. “São várias ações em paralelo, e a gente espera que, com isso, consigamos transformar a rede metropolitana”, completa.
Rocha Lima lembrou que, com o subsídio fornecido pelo estado e prefeitura, a tarifa do transporte coletivo na Região Metropolitana seguirá congelada. Também há um trabalho para implementar novos modelos que barateiem a passagem.
“Com a instituição do projeto de lei, temos condições de manter a tarifa congelada, sem repassar para o usuário final o que é necessário para equilibrar os contratos. Teremos outros benefícios de tarifa flexível também, que venha reduzir, nunca aumentar”, frisou.
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