15 de setembro de 2024
Revelações

Reportagem mostra que clã Bolsonaro adquiriu metade dos imóveis com dinheiro ‘vivo’

Pelo menos 51 imóveis foram comprados total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo, o que correspondem o montante de cerca de R$ 13,5 milhões  em "moeda corrente nacional"
(Foto: Reprodução/Globoplay)
(Foto: Reprodução/Globoplay)

Levantamento realizado pelo portal de notícias UOL, mostra que praticamente a metade dos imóveis que a família Bolsonaro adquiriu nas últimas décadas foi com dinheiro em espécie. Irmãos e filhos do presidente Jair Bolsonaro (PL) negociaram 107 imóveis desde 1990.

Desde que o presidente Jair Bolsonaro entrou na política como vereador, no começo da década de 1990 o patrimônio se multiplicou em seus diferentes núcleos familiares. Até 1990, a família havia adquirido 12 imóveis. Entre vendas e novas aquisições,  o grupo segue detendo 56 dos 107 imóveis negociados nos últimos 30 anos.

Pelo menos 51 imóveis foram comprados total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo, o que correspondem o montante de cerca de R$ 13,5 milhões  em “moeda corrente nacional”, segundo o Uol.

O imóvel mais caro da lista pertence ao cunhado de Jair Bolsonaro. José Orestes Fonseca comprou em dinheiro vivo uma casa em terreno com quase 20 mil metros quadrados no interior de São Paulo no valor de R$ 2,67 milhões, em 2018.

No passado, o terreno abrigava a casa de visitantes da Bunge Fertilizantes, empresa pioneira na exploração de fosfato. O imóvel recebia executivos da multinacional. Antes de ser comprada pelo cunhado do presidente, a área era responsabilidade da Vale.

Com Orestes tocando a residência, uma série de reformas foram realizadas e uma segunda casa foi construída. Nela, foram montadas quadras esportivas, área de lazer e um clube de tiro particular. 

O portal UOL diz que José Orestes não foi localizado para falar com a compra. A família não se manifestaria de acordo com um dos filhos. O portal de notícias também procurou Bolsonaro, que não respondeu os questionamentos.

De acordo com apuração feita pelo portal UOL, as compras de 25 dos imóveis podem suscitar investigações do Ministério Público do Rio e do Distrito Federal.


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