Goiás tem um financiamento de US$ 510 milhões com o Banco Mundial aprovado pelo Ministério da Economia. A expectativa é que o contrato seja assinado em junho e, de acordo com a Secretaria de Economia, esse é o principal passo do ajuste das contas públicas após entrada do estado no Regime de Recuperação Fiscal (RRF).
Esse empréstimo, segundo cálculos do Palácio das Esmeraldas, permitirá a Goiás liquidar dívida com o Banco do Brasil (BB), feita em 2013, e contratar uma nova, de valor igual, mas em condições financeiras mais vantajosas – com menores taxas de juros. Com isso, os cofres públicos estaduais vão economizar mais de R$ 700 milhões.
Segundo a secretária de Economia, Cristiane Schmidt, esta é a única dívida do Estado em dólar e, por isso, era importante amortizá-la para liquidá-la em melhores condições. “Teremos condições muitíssimo melhores. Isso é responsabilidade fiscal”, disse ao DG.
Na nova operação, Goiás terá prazo de 17 anos para quitar a dívida, com três de carência. A taxa média anual do Banco Mundial é estimada em 0,75% ao ano, mais SOFR. No contrato atual com o BB, paga-se juros médios de 4,05% ao ano, mais taxa Libor. No programa “BB Estruturante”, da gestão passada, o valor total liberado do empréstimo foi de US$ 608 milhões para obras de infraestrutura e de tecnologia.
Schmidt ressalta que o ingresso de Goiás no RRF abre boas possibilidades, mas o trabalho executado desde o início da gestão é responsável por garantir investimentos bilionários em 2022.
“Já estávamos trabalhando como se estivéssemos no RRF. Estou há três anos fazendo um forte ajuste. Tanto é verdade que, pela primeira vez, entreguei uma LOA equilibrada, com investimentos propostos de R$ 3 bilhões. Em 2019, foram R$ 219 milhões (para investimento)”, destaca.
A secretária diz que o dinheiro para investimentos está garantido e, por isso, o cidadão deve observar obras em diversos flancos. “Com dinheiro no caixa, a gente faz investimentos para a população, aumenta os projetos sociais. Hoje temos 67 projetos sociais. Isso é fantástico. Você tem a parte de infraestrutura, a social, a regionalização da saúde, as escolas sendo reformuladas”, afirma.
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