BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), criticou nesta terça-feira (13) a pressa do governo em enviar a proposta de reforma da Previdência ao Congresso.
“Não acredito que a discussão seja se [o envio] é antes ou depois da eleição. Acho que o governo está precisando definir é um modelo de reforma”, defendeu o peemedebista, ressaltando, ainda, que “os resultados virão no médio e longo prazo”.
Para Renan, uma boa proposta desse tema “não é simples”, mas há a necessidade de se buscar uma “definição consistente de um modelo de reformas”, o que, em sua opinião, não há hoje.
“É errático defender a reforma como uma saída para todos os problemas econômicos e previdenciários do Brasil. Não há hoje como fazer uma reforma sem prazo de transição, sem levar em conta direitos adquiridos e as expectativas de direito”.
Na avaliação do presidente do Senado, sem essas características logo haveria um questionamento jurídico à proposta no STF (Supremo Tribunal Federal).
Renan defende as mesmas posições sobre a futura reforma trabalhista que o governo também pretende enviar ao Congresso. “Tem que ser engenhosa, flexível, estimular o mercado a contratar, mas não afetar direitos adquiridos ou revogar direitos trabalhistas”.
Na visão do peemedebista, um dos pontos polêmicos dessa outra reforma, a questão dos terceirizados, poderia ser solucionada com a regularização dos já existentes.
“A política tem que se reconstruir com encaminhamentos criativos para resolver esses problemas. A ferro e a fogo não vai”, disse, defendendo acordos entre as partes.
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