19 de dezembro de 2024
Brasil

Renan Calheiros chama reações de associações de juízes de ‘tolice’

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), classificou de “tolice” as inúmeras reações de associações de magistrados contra a comissão formada semana passada na Casa para investigar salários acima do teto constitucional.

Nos bastidores, fala-se em uma empreitada do senador peemedebista contra o Judiciário. E essa seria apenas uma frente, que estaria aliada ainda à tramitação da proposta de abuso de autoridade, que contará com discussões e convites a figuras como o juiz responsável pela Operação Lava Jato, Sergio Moro, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

“Acho isso uma tolice. Se fazem isso [soltam notas de repúdio] para inibir o Senado, definitivamente não vão”, afirmou o presidente da Casa.

Segundo ele, o Senado adota, desde 2013, critérios para impedir que seus funcionários, ainda que advindos de outros poderes, não extrapolem o teto constitucional, hoje em R$ 33.763.

Renan voltou a negar que haja foco em investigar diretamente algum poder. A comissão extra-teto foi instalada na última quarta (9) e tem um calendário inicial de 20 para concluir os trabalhos.

A presidência ficou com o senador Otto Alencar (PSD-BA) e a relatoria, com Kátia Abreu (PMDB-TO).

Nesta manhã, eles estiveram com a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia. Mais tarde, o grupo se encontra com o presidente Michel Temer. Na quinta (17), é a vez do PGR, Janot.

Judiciário

Renan Calheiros também confirmou o calendário das audiências do projeto de abuso de autoridade. Esse foi outro assunto que causou polêmica na semana passada, quando o peemedebista afirmou que desejava convidar o juiz Sérgio Moro para falar e que não achava isso “provocação”.

Em 23 de novembro, devem comparecer Rodrigo Janot e o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Claudio Lamachia. Em 1 de dezembro, Sergio Moro já confirmou presença. Também devem estar na reunião um representante do Ministério Público e outro do STF.

Folhapress

 


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