A vereadora Kátia Maria (PT) apresentou o relatório final da pesquisa realizada na 1ª Expedição do Rio Meia Ponte, em sessão especial na Câmara Municipal de Goiânia, nesta segunda-feira (12). A pesquisa feita em parceira com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e o Instituto Federal de Goiás (IFG) resultou na Carta das Águas do Meia Ponte.
O estudo é o maior e mais completo já realizado no rio Meia Ponte, e reúne diagnósticos feitos sobre as condições atuais das águas, do solo, da fauna e flora presentes no rio. A expedição foi realizada no mês de março deste ano e, de acordo com a vereadora, “a situação é bem mais crítica do que imaginávamos”.
Resultados
Durante a apresentação do documento final, Kátia Maria destacou os resultados: a existência de 31 pontos de assoreamento, 2 aterramentos, 9 erosões lineares, 4 erosões fluviais, 1 rompimento de manilha e duas “atividades impactantes não coincidentes com usos urbanos (pivôs de irrigação e mineradora)”.
Além disso, a expedição mapeou dezenas de pontos de lançamento irregular de efluentes industriais e domésticos no rio e em seus afluentes, especialmente no Anicuns, Botafogo e Água Branca. Kátia Maria explicou que a prática vem “causando significativos impactos ambientais e hídricos, caracterizados pela turbidez da água, forte e desagradável odor, desconforto e riscos aos moradores ribeirinhos”, pontuou.
Projetos futuros
Conforme a vereadora, após o lançamento da Carta das Águas do Meia Ponte, a intenção é realizar outras novas ações. “Queremos agora, a partir deste estudo, realizar ações a curto, médio e longo prazo que possam recuperar e preservar o Meia Ponte”, explicou a vereadora. Kátia Maria acrescentou que o documento foi encaminhado também a todos os órgãos municipais e estaduais responsáveis pelo uso e pela fiscalização do rio.
“Faremos uma nova expedição em setembro, com a vazão do rio menor, também para identificarmos novas situações e realizarmos um comparativo entre a situação do rio cheio, na época de chuva, e do rio vazio, na época seca”, explicou Kátia. “E vamos nos manter em constante vigilância, fiscalizando e cobrando dos responsáveis para que o rio seja de fato recuperado. A sobrevivência do Meia Ponte é fundamental para a sobrevivência de toda a Região Metropolitana de Goiânia”, concluiu a vereadora.
Agora, o objetivo é buscar por fontes financiadoras, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em prol da preservação e recuperação do rio Meia Ponte. A parlamentar alerta ainda para a necessidade de uma alteração no Plano Diretor de Goiânia por identificar que a legislação aprovada apresenta diversas falhas na questão da proteção às nascentes e aos cursos de água que cortam a cidade.
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