A vida política no município de Pirenópolis tem sido agitada ao longo desses últimos trinta dias. Nesta quarta-feira (24/04) atingiu seu ápice com a votação do pedido de cassação do mandato do prefeito João do Léo (DEM) que no fim das contas, acabou sendo arquivada. O prefeito estava sendo acusado de improbabilidade administrativa. Eram necessários 8 votos para que o impedimento pudesse ser consumado. Com 6 votos contrários, o processo foi arquivado e o mandato de João será concluído regularmente. Outros 5 votaram contra o processo e houve uma abstenção.
Para a defesa de João tudo não passou de “perseguição política”. “O processo era totalmente incoerente com o que dizia a denuncia, não havendo nenhum documento que comprovasse os crimes alegados”, afirmou Marcos Vinicius Borges, advogado que defendeu o prefeito. Houve um acordo na Lei de Diretrizes Orçamentárias que autorizava o prefeito a utilizar 20% dos recursos sem a consulta da Câmara. Segundo a defesa, o prefeito utilizou-se deste acordo previsto. Daí, com o processo aberto todos os ritos foram realizados até esta quarta-feira, quando o processo foi arquivado. “Os vereadores entenderam que se tratava de uma denúncia política até mesmo porque ela foi realizado pelo vice-prefeito [Flávio Luiz [PDT]”. Marcos Vinicius, ressalta que houve por parte dele “uma clara tentativa de usurpação do poder público”.
Votaram a favor da denúncia que poderia tirar o mandato do prefeito, os vereadores Carston Aurélio (PP), Ana Anádia (PP), Walter Jaime Júnior (PP), André Pio (PSDB), Rosicler (PTB) e Joassi Figueiredo (PP). É a primeira vez que acontece um processo semelhante em Pirenópolis.
O vice-prefeito foi procurado para dar sua versão, mas não foi encontrado pela reportagem do Diário de Goiás.
Leia mais sobre: Cidades