20 de dezembro de 2024
Cidades

Registrados 62 casos de caxumba em Goiânia

Nos últimos meses, de acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), ocorreram quatro surtos de caxumba em Goiânia. Nesse período, foram confirmados 62 casos entre adolescentes e jovens adultos, em escolas, faculdades públicas e privadas da capital.

Segundo a diretora de Vigilância Epidemiológica da SMS, Juliana Brasiel, o que mais contribuiu para a ocorrência dos surtos de caxumba foi que a maioria dos infectados não foram vacinados na infância. “Ou não tomaram nenhuma dose, ou tomaram apenas a primeira dose”, explica ela. Além disso, a doença é mais comum em períodos de outono, inverno e primavera.

De acordo com a SMS, os surtos de caxumba não são comuns na capital. Nos casos recentes, várias pessoas suscetíveis à doença estiveram próximas num mesmo ambiente, facilitando a transmissão.

A doença

A caxumba é uma infecção viral que geralmente atinge mais as crianças, mas pode ser muito severa em adultos. O principal sintoma é dor nas glândulas salivares, geralmente a parótida. Dois terços dos casos da doença ainda registram aumento aparente dessas glândulas. Entre 20 a 30% dos casos de caxumba em homens apresentam inflamação nos testículos; e nos ovários, em 15% das mulheres acometidas pela doença. O diagnóstico da caxumba é clínico e feito logo na primeira consulta.

A transmissão se dá por via aérea, por meio de disseminação da saliva de pessoas infectadas. o apresentar os primeiros sintomas e ter a doença confirmada, a pessoa deve ficar isolada em casa durante o período de transmissibilidade da doença. “Não compartilhar alimentos, bebidas e ficar isolada durante pelo menos nove dias é importante”, explica Juliana Brasiel. 

Vacina

A maioria da população é vacinada contra a caxumba ainda na infância. A tríplice viral, vacina que protege contra a caxumba, o sarampo e a rubéola, está no calendário de vacinação e deve ser aplicada nas crianças de 1 ano de idade, com segunda dose três meses depois. A segunda dose é chamada tetraviral – pois também protege contra a varicela – e pode ser aplicada em crianças entre 1 ano e 3 meses e 12 anos de idade.


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