Depois da primeira redução do preço da gasolina nas refinarias em quase seis meses, os donos de postos de combustíveis esperam novos cortes. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Derivados do Petróleo (Sindiposto), Márcio Andrade, o mercado está otimista para os próximos meses.
Apesar da volatilidade do preço internacional do petróleo e também do dólar, a entidade vê margem para preços mais brandos. “Nossa expectativa é para que venham mais reduções para que o consumidor possa ver um efeito maior”, diz. “É muito difícil acertamos isso, até porque são muito fatores. Um discurso de algum presidente pode refletir no preço do petróleo. É muito subjetivo. A Opep tem aumentado a produção, mesmo que pouco, então temos a perspectiva para que a gente possa ter mais reduções”, completa.
A redução de 10 centavos pelo litro de gasolina anunciada pela Petrobras nesta terça-feira (14) deve ter impacto nas bombas, segundo Andrade. Como os postos ainda estão com estoques, preços mais baixos devem começar a ser observados somente na próxima semana. Porém, ainda não é possível mensurar qual o valor na bomba.
“Na refinaria são dez centavos. Da distribuidora pro posto vai etanol, dá menos de sete centavos, se a distribuidora repassar total. A redução é individual, de cada empresário, mas nossa expectativa é que essas reduções serão repassadas. Há necessidade do empresário criar condições para o consumo, até para que ele volte com mais normalidade ao postos”, destaca.
Nas últimas semanas, o goianiense já pôde observar leves reduções no valor do litro do combustível. A queda, explica Andrade, deve-se ao corte observado no preço do etanol. “Essas reduções que estão vindo foi em função da redução do preço do etanol, que influencia na gasolina. Há uma tendência de redução. Na composição da gasolina tem 27% do etanol. Toda vez que tem redução no atacado, influencia também no preço da gasolina”, frisa.
O Sindiposto diz também que “vários postos reduziram muito mais que o valor efetivo”, pois há uma necessidade de mercado e, portanto, desejam atrair clientes com promoções. “Os postos precisam movimentar, fazer dinheiro para cumprir compromissos”, afirma.
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