07 de agosto de 2024
Economia

Redução do ICMS dos combustíveis teria ‘impacto violento’ em 140 municípios goianos, diz prefeito

Fausto Mariano diz que redução de ICMS traria problemas aos municípios. (Foto: Divulgação)
Fausto Mariano diz que redução de ICMS traria problemas aos municípios. (Foto: Divulgação)

Se vingar, a proposta de redução do ICMS sobre os combustíveis em Goiás trará muitos danos aos cofres de boa parte dos municípios goianos, segundo o prefeito de Turvânia, Fausto Mariano.

Ao DG, o gestor disse que sua cidade e, pelo menos, outras 140 no estado sofreriam com a redução de recursos. ” Todos esses municípios dependem de transferências constitucionais da União e do ICMS de Goiás. Não temos outra fonte de receita. Estamos vivendo a pior crise econômica da história, agravada por uma crise política que não se resolve nunca e por uma crise sanitária. As receitas têm caído e os custos para a máquina pública têm subido. Tirar isso dos municípios é completamente equivocado”, explicou.

A proposta foi apresentada pelo governador Ronaldo Caiado aos presidentes da Federação Goiana de Municípios (FGM) e da Associação Goiana de Municípios (AGM). No entanto, houve forte resistência dos gestores municípios e o próprio governo já descarta essa possibilidade.

Além dos danos aos cofres municipais, há dúvidas sobre a efetividade da medida, uma vez que a redução no preço do litro dos combustíveis poderia ser baixa para aquilo que esperam os consumidores.

Para Mariano, o discurso do presidente Jair Bolsonaro tem inflamado a população a cobrar medidas inócuas. “O presidente tem tentado jogar a culpa do valor dos combustíveis para governadores e prefeitos, quando o problema é outro. O problema está dentro da política de preços praticada pela Petrobras”, aponta.

Para o prefeito, uma solução imediata seria alterar a política de preços da estatal. A Petrobras tinha que adotar uma política de preços interna, voltada para o consumo do brasileiro. É uma empresa nacional que foi criada para tirar o Brasil das intempéries do mercado internacional. De que adianta termos uma empresa brasileira, mas o brasileiro está à mercê de pagar mais de R$ 7 no litro de combustível?”, questiona.

Economistas e investidores, no entanto, veem com maus olhos investidas de governos sobre a Petrobras. Na gestão do próprio Bolsonaro, a troca de Roberto Castello Branco por Joaquim Silva e Luna foi vista como uma tentativa de intervir na política, considerada a mais segura do ponto de vista da saúde da empresa.

Fausto Mariano diz que Bolsonaro transfere responsabilidade e faz duras críticas ao presidente. “Tem se mostrado o presidente mais incompetente e incapaz de governar o país. Só tem pauta negativa. Sempre transfere os problemas para governadores e prefeitos com falácias populistas que não resolvem nada. É o presidente que gosta de jogar para a plateia”, conlui.


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