25 de dezembro de 2024
Leandro Mazzini

Reconstrução capixaba custará R$ 880 milhões

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, desembarca em Brasília na Quinta-feira para apresentar à presidente Dilma Rousseff o plano de reconstrução do Estado após os temporais. Viaja e volta para casa em voo comercial – vale destacar a iniciativa, com o governo em dificuldades, enquanto colegas só pisam em jatinhos fretados. Leva na pasta o plano de reconstrução, com verbas e ações do governo estadual e federal, estimado em nada menos que R$ 880 milhões.

O Plano beneficiará famílias com renda de até três salários mínimos e que tiveram casas, móveis ou eletrodomésticos danificados no período. As famílias que apresentarem laudo da Defesa Civil local e estiverem no cadastro único do governo federal receberão um cartão no valor de R$ 2.500.

Ainda sem horário definido (não se pode esperar pontualidade das companhias aéreas, obviamente), o governador se encontrará com os ministros da Integração Nacional, Francisco Teixeira, e das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, em companhia da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

O Plano está divido em três tópicos: Recuperação da Infraestrutura dos Municípios, do Setor Produtivo e das Pessoas e Indivíduos. Não apenas pelo valor estupendo, mas também pelo detalhamento que será exposto, mostra o tamanho do desastre: envolve reparos em 750 km de asfalto em 52 cidades; plano para recuperar 12 mil km de estradas vicinais – nem todas com asfalto, as mais atingidas. Foram 375 pontes destruídas, e também cinco escolas.

Numa das ações estaduais, Casagrande disponibilizou linha de crédito de R$ 350 milhões para recuperação de lavouras. Prevê uma tabelinha com a União: vai pedir prorrogação para dívidas de crédito de pequenos lavradores junto a bancos oficiais. A Dilma, solicitará a construção de 1.500 casas populares a R$ 72 milhões, linha de crédito de até R$ 5 mil para financiamento de eletrodomésticos. A Guido Mantega, da Fazenda, reivindicará resolução do Confaz para isenção de ICMS para compra de máquinas e equipamentos diretamente relacionados à reconstrução do Estado.

Ontem, Casagrande levou ao presidente da Assembleia Legislativa, Theodorico Ferraço (PMDB), o plano de ações e um pacote de projetos de leis para colocar o plano em ação no que concerne às verbas pelo Estado. Apesar do recesso parlamentar, Ferraço prometeu convocar sessões extraordinárias para analisar o pacote.


O motorista importante

 

O estilo bronco do senador Roberto Requião (PMDB-PR) é bem conhecido no Congresso: é simpático com quem acha que merece, e indiferente com qualquer outro cidadão que não lhe agrada, independentemente de quem seja, ou cargo que ocupe. E quem provou do veneno requianiano foi ninguém menos que a presidente Dilma.

Ocorreu há três anos. Ela, de praxe, avisada pelo cerimonial do Gabinete presidencial, soube do aniversário do senador paranaense. Mas não o telefonou. Mandou um assessor especial assinar um cartão de aniversário em seu nome e enviou ao parlamentar. Ele não gostou.

Então no dia do aniversário da presidente Dilma, no mesmo ano, ela teve uma surpresa entre as dezenas de presentes no gabinete enviado por políticos. Abriu um cartão de congratulação enviado por Requião. Mas quem assinava era o seu motorista.


 

Ponto final

E o senador José Sarney, queimou a língua, hein!: ‘Aqui no Maranhão nós conseguimos que a violência não saísse dos presídios para a rua’, disse em sua rádio em São Luís há duas semanas. Deu no que deu.

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Com Maurício Nogueira, Luana Lopes e Equipe DF e SP


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