12 de agosto de 2024
Economia

Receita do Estado cresce 1,5% no 1º quadrimestre de 2015. Despesas caem 1,81%

Secretaria fará apresentação dos dados aos deputados na Alego
Secretaria fará apresentação dos dados aos deputados na Alego

Uma queda da receita acima do esperado para os primeiros meses de 2015. Apesar da frustração, houve crescimento em comparação com o mesmo período do ano passado. Já as despesas fiscais correntes líquidas registraram queda real de 1,81%. A Secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa, apresentará aos deputados estaduais nesta quarta-feira (23) na Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa, os dados financeiros do 1º quadrimestre e 2015.

Crescimento da receita

De um período para o outro o aumento real na receita foi de 1,5%. Segundo a secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa, a receita nominal para o 1º quadrimestre apresentou um crescimento na ordem de 9,79%, em comparação com o mesmo período de 2014. No total, a receita foi de R$ 6,052 bilhões entre Janeiro e Abril de 2015.

Apesar do crescimento na receita, a secretária avalia que a estagnação da atividade econômica no país prejudicou o aumento da arrecadação nos primeiros meses deste ano.

De acordo com a gestora, em junho do ano passado foi aprovada a LDO em que estavam previstas para 2015 receitas 15% maiores. No início deste ano, ocorreu a revisão desta LDO e ainda assim houve frustração na arrecadação.

“Esperávamos que a arrecadação fosse maior em 2015, por isso fizemos a revisão da Lei de Diretrizes Orçamentárias e essa revisão foi na ordem de R$ 3,3 bilhões, ou seja, imaginávamos que o orçamento do Estado contaria com receitas a maior do que estamos observando da ordem de R$ 3,3 bilhões, mesmo com essa revisão estamos sentindo um enfraquecimento da atividade econômica e principalmente a receita de ICMS que é a nossa maior receita tem se mostrado em números em patamares menores do que estimávamos depois da revisão”, explica Ana Carla Costa.

Segundo a secretária, a receita chega a ser menor do que se previa com a revisão da LDO. Ela argumenta que a receita cresceu sim em relação ao mesmo período do ano passado, mas em relação à LDO do ano passado é menor e também em relação a revisão da LDO.

“Ao mesmo que a receita é uma boa notícia porque cresceu, mas é ruim porque cresceu bem menos do que a gente esperava”, destaca.

* No caso das Receitas, estão inclusas as receitas tributárias (ICMS, IPVA, ITCD e outras), de contribuições, patrimonial líquida, transferências correntes (FPE, IPI, LC 87-96) e demais receitas correntes. Fonte: Sefaz-GO.

Despesas

Segundo a Secretaria da Fazenda, em termos nominais, houve crescimento de 6,21% nas despesas e diferença de R$ 290 milhões em relação ao primeiro quadrimestre do ano passado, quando o montante contabilizado foi de R$ 4,67 bilhões. No mesmo período de 2014, o valor ficou em R$ 3,462 bilhões, diferença de R$ 313,9 milhões.

Já as despesas fiscais correntes líquidas apresentaram queda real de 1,81%, totalizando R$ 4,960 bilhões.

Mesmo ainda não tendo aplicado o piso dos professores e nem realizado o pagamento com a Data Base, as despesas com pessoal e encargos sociais teve alta real de 0,83% e nominal de 9,07%, alcançando R$ 3,776 bilhões na soma de janeiro a abril. De acordo com a secretária, o crescimento se deve em parte a progressões automáticas na folha.

Para conter excessos na folha de pagamento uma consultoria foi contratada para avaliar se há valores que estão sendo pagos de forma incorreta. Além disso, o ponto eletrônico nos órgãos também está sendo instalado como uma medida de controle. Até o fim de agosto, a consultoria deverá dar uma resposta concreta ao Governo e indicar ações que possam ser feitas.


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