A receita global das assinaturas de plataformas de streaming, como a Netflix e a Amazon Prime, deve superar a bilheteria mundial de cinemas em 2019, diz estudo realizado pela empresa americana Ampere Analysis, e divulgado pela Hollywood Reporter nesta segunda (17).
De acordo com o estudo, espera-se que a receita com a assinatura desse tipo de serviços atinja US$ 46 bilhões (R$ 179 bilhões) no ano que vem, comparado com os cerca de US$ 40 bilhões (R$ 156 bilhões) que devem ser gerados pelas bilheterias de cinemas.
Nos Estados Unidos, a receita com a assinatura de plataformas de streaming ultrapassou a renda com bilheterias de cinema já em 2017, e prevê-se que o mesmo deva acontecer no Reino Unido até o fim de 2018.
Segundo o estudo, a China, o segundo maior mercado cinematográfico do mundo, deve ver o mesmo movimento acontecer em 2019.
Enquanto serviços como Amazon e Netflix ganham cada vez mais espaço em mercados relevantes como a Europa Ocidental, as bilheterias nesses locais permanecem estagnadas.
O estudo da Ampere sugere que uma das razões causadoras da mudança é o preço dos ingressos de cinema, considerado caro quando comparado com a assinatura mensal de serviços de streaming.
A pesquisa, realizada em 15 países, mostra que, quanto mais caros os ingressos de cinema, menor o público total que comparece às salas e vice-versa.
No México, por exemplo, onde o custo médio de uma entrada é de cerca de R$ 10, cada pessoa vai, em média, 3,3 vezes ao cinema por ano.
Na Escandinávia, onde os ingressos chegam a custar mais de R$ 51, a média per capita é de menos de uma visita ao cinema por ano.
Mesmo em países com mercados tradicionais, como a França, o preço parece ser um empecilho, com os franceses indo, em média, 1,5 vezes ao cinema por ano, a um preço de cerca de R$ 31 o ingresso.
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