07 de agosto de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 00:00

Realizado Dia D de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes em Aparecida

Nesta quarta-feira, 18 de maio, dia em que é celebrado o Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, a Prefeitura de Aparecida de Goiânia, por meio da Secretaria de Assistência Social, Secretaria de Saúde, Guarda Civil Metropolitana e Superintendência Municipal de Trânsito (SMTA), realizou o Dia D.

Vários servidores municipais se reuniram no Parque da Família, localizado no Residencial Village Garavelo, para distribuir folhetos informativos à população, principalmente aos condutores e motoristas que passavam pela Avenida Independência. Também foi apresentada uma peça de teatro, retratando a realidade de diversos lares brasileiros onde existem violência sexual, e realizada uma caminhada.

Início da Campanha

A Campanha de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi iniciada no dia 12 de maio, com o objetivo é lembrar a importância de denunciar esse tipo de crime e informar e sensibilizar a população.

De acordo com a coordenadora do Programa de Prevenção às Violências e Promoção da Saúde, Paula dos Santos, a campanha promoverá palestras e distribuição de material informativo à população, além de orientar os profissionais da saúde municipal a se atentar aos indícios de violência sexual em crianças e adolescentes.

“Enviamos cartazes, onde tem o número do Disque 100, lembrando a data [18 de maio], e cada unidade de saúde faz de acordo com sua rotina. Algumas unidades fazem palestras em sala de espera, para orientar os pacientes, outras apenas colocam os cartazes para que a população leia”, afirmou Paula dos Santos.

Segundo a coordenadora, será realizado um Dia D no dia 18 de maio, data em que é celebrado o Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, na Avenida Independência, das 8h às 11h30.

“Nossa parceria este ano é com a Secretaria de Ação Social e com o Conselho Municipal de Criança e Adolescente. As ações de panfletagem que vão ocorrer em 18 de maio na Avenida Independência. Alguns eventos também serão feitos em escolas e praças públicas em parceira com a Secretaria.

Ações permanentes

Além da Campanha, que é realizada todos os anos no mês de maio, Aparecida também conta com o Disque 100, que é um número nacional. “Qualquer pessoa pode fazer todo tipo de denúncia. Se presenciou algo contra o direito humano, pode ser denunciado no Disque 100”, explicou Paula dos Santos.

Além disso, a Prefeitura disponibiliza, no Ambulatório Multiprofissional de Aparecida de Goiânia (AMAG), o acompanhamento psicológico e de assistência social às vítimas de violência sexual, oriundas da exploração ou não, como estupros.

“Se uma unidade de saúde, uma família chegou referindo ter sofrido algum tipo de violência, uma criança que está em suspeita de violência, esses casos são encaminhados pelos profissionais de saúde da rede municipal para receber atendimento psicológico no nosso Ambulatório. Isso já acontece há mais de dois anos no município”.

18 de maio

De acordo com a coordenadora, a data foi instituída por meio de uma lei, em 2000, para lembrar o assassinato de uma criança no Espírito Santo, que foi encontrada morta, em 18 de maio, após ser estuprada e torturada por dois homens.

“O crime acontece há mais de 20 anos. Essa criança foi encontrada totalmente mutilada após o estupro e a data foi para lembrar esse assassinato cruel e lembrar várias outras crianças que, infelizmente, chegam à óbito diante de uma violência como essa”, informou.

Dados

Segundo dados do Ministério da Saúde, de janeiro a dezembro de 2015 foram notificados 91 casos de violência sexual em crianças e adolescentes em Aparecida. Nos anos anteriores os números foram: cinco registros, em 2013; 12, 2014.

No entanto, em 2016, de janeiro ao dia 2 de maio, o número de registro de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual apenas em Aparecida de Goiânia é de 21. Apesar do aumento das notificações, Paula dos Santos ressalta que o número não corresponde à realidade, uma vez que não são todos os casos de violência que são registrados.

“Talvez porque as pessoas envolvidas com exploração sexual também já estão envolvidas com outros crimes como roubos, tráfico de drogas, ou por vergonha, medo, receio de fazer a denúncia”, finalizou. 

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