14 de novembro de 2024
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Reajuste no preço do diesel agrava crise no transporte público

O diesel responde em média por 26,6% do custo total das empresas operadoras. (Foto: Divulgação)
O diesel responde em média por 26,6% do custo total das empresas operadoras. (Foto: Divulgação)

Petrobras anunciou na última terça-feira (28) que vai elevar o preço do diesel vendido às distribuidoras. Com este novo reajuste, o preço médio de venda do diesel A passa de R$ 2,81 para R$ 3,06 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,25 por litro. O reajuste já entrou em vigor nesta quarta-feira (29). Em nota, a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) criticou o aumento do preço do diesel. O combustível move a frota nacional de ônibus urbanos e de caráter urbano e é um insumo fundamental para a prestação do serviço essencial à população.

De acordo com a entidade, o diesel responde em média por 26,6% do custo total das empresas operadoras; como os reajustes aplicados ao diesel este ano representam uma alta acumulada de 51% no preço do combustível, o impacto direto no custo das empresas operadoras do transporte público por ônibus urbano é de 13,5%, o que deve ser repassado, de imediato, para as tarifas públicas naqueles sistemas de transporte que não têm subvenção pública.

Segundo a Associação, a alta do diesel nos níveis atuais compromete de forma irreversível a recuperação do setor de transporte público, que registra prejuízo de mais de R$ 16,7 bilhões acumulado no período de março de 2020 a junho deste ano em função da queda da demanda de passageiros pagantes, resultado das medidas de isolamento social para a contenção da pandemia da Covid-19. 

“A NTU apela ao Governo Federal, aos governadores dos estados e à direção da Petrobras no sentido de que seja buscada uma solução compartilhada para essa questão, que conduza a uma nova política de preços que equacione o preço do diesel e demais combustíveis de forma efetiva e permanente, evitando altas expressivas e sucessivas que comprometem a prestação de serviços públicos, geram impactos inflacionários e afetam negativamente todos os brasileiros, em especial os mais vulneráveis”, diz a Associação.

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