O anúncio de reajuste no percentual de 20% ao valor pago pelas horas extras aos profissionais da Segurança Pública de Goiás, gerou preocupação em representantes de entidades do setor. Isso porque, de acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol-GO), Renato Rick, os profissionais se abstém de momentos de descanso para complementarem suas rendas.
Em entrevista ao Diário de Goiás nesta quarta-feira (1º), o líder destacou que a chamada AC4 está tomando o espaço do salário e da valorização da carreira dos policiais. “Em vez de o Estado propor uma valorização realmente na carreira do policial, ele acaba deixando a carreira dele com o salário defasado”, ponderou, apesar de salientar enxergar com bons olhos o valor que vai ser aplicado a essa verba.
Rick destaca que tal medida submete os profissionais a fazerem horas extras e trabalharem em períodos que deveriam ser de descanso, o que, segundo ele, afeta a saúde física e mental. “Há policiais dependentes da hora extra, trabalhando em cargas excessivas, adoecendo. Isso, na segurança pública, se torna um problema maior ainda, porque a gente trabalha em alto nível de tensão”, avaliou.
“Temos casos de colegas que foram recomendados a tirarem licença para tratamentos psiquiátricos e, de repente, tiveram que voltar para o trabalho de forma antecipada, porque as horas extras e a complementação de renda estavam fazendo falta”, salientou, com a ressalva de que o Estado deveria rever, ao menos, as perdas inflacionárias da categoria.
Leia mais sobre: Governo de Goiás / Polícia Civil de Goiás / Polícia Militar de Goiás / Reajuste / Segurança Pública / Sinpol / Cidades