14 de novembro de 2024
Debate • atualizado em 19/05/2023 às 09:17

Reajuste de 5,95% aos servidores estaduais esquenta Comissão Mista da Alego

A proposta é que haja reajuste de 5,94% divididos em duas parcelas – a primeira a partir de 1º de maio de 2023, e a segunda, a partir de 1º de outubro
Comissão Mista coloca projeto de reajuste de servidores em debate (Foto: Carlos Costa/Alego)
Comissão Mista coloca projeto de reajuste de servidores em debate (Foto: Carlos Costa/Alego)

Parlamentares da Comissão Mista reuniram-se nesta quinta-feira (18/05) para tratar da matéria encaminhada pelo Governo de Goiás que concede recomposição salarial de 5,93%, referente ao IPCA do ano de 2022, dividido em duas parcelas (a primeira para maio e a outra para outubro). O ínicio dos debates com proposta apresentada era uma promessa do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).

O texto, que concede revisão anual dos vencimentos, subsídios e proventos do pessoal civil e militar ativo e inativo e pensionistas, inclusive empregados públicos do Poder Executivo, foi amplamente debatido pelos parlamentares da oposição e situação.

Mauro Rubem (PT), Bia de Lima (PT) e Major Araújo (PL) questionaram a proposta. “O governador poderia ter proposto pagar a revisão de uma só vez, bem como também pagar os atrasados”, disse Rubem.  

O deputado Gugu Nader (Agir), por sua vez, sugeriu que o governador seja elogiado, ao invés de criticado pela oposição, por estar “cumprindo o dever de casa”. O parlamentar disse que, diferentemente do que acontecia antes, hoje os salários são pagos em dia. 

“O governador está cumprindo o que muitos governadores não estão conseguindo. Nós somos favoráveis aos servidores, tanto que queremos votar com urgência esse projeto para que eles recebam seu salário já com a adequação salarial. Parabéns ao nosso governador por cumprir aquilo que é de direito e de dever”, argumentou.

Ainda assim, Gugu Nader pediu vistas do projeto. “Eu pedi para ter a oportunidade de fazer o contraponto a oposição”, destacou ao Diário de Goiás e criticou os gestos da oposição. “A oposição quer fazer discurso e terrorismo em torno de uma situação que já está pacificada entre a  maioria das categorias”, pontuou. Ele citou os Policiais Civis que aprovaram em Assembleia o percentual.

O líder do Governo, deputado Wilde Cambão (PSD), também falou sobre o assunto. “Quero aproveitar esse momento para rememorar algumas situações. O governador ao assumir encontrou duas folhas de pagamentos em atraso, tínhamos mais de R$ 6 bilhões em dívidas, tinhamos um cenário difícil de pandemia, uma crise mundial”, argumentou. 

Depois, Cambão disse ainda que “é lógico que a discussão em defender o servidor é válida, mas temos que reconhecer que não temos mais um estado de calamidade, um estado quebrado e falido. Temos que reconhecer. Hoje somos exemplo para o País.”

A proposta é que haja reajuste de 5,94% divididos em duas parcelas – a primeira a partir de 1º de maio de 2023, e a segunda, a partir de 1º de outubro. Sete deputados pediram vista ao projeto que foi relatado pelo deputado Coronel Adailton (Solidariedade).

O parecer registrou pedido de vista dos deputados: Major Araújo (PL), Antônio Gomide (PT), Mauro Rubem (PT), Bia de Lima (PT) Gugu Nader (Agir), Lincoln Tejota (UB) e Delegado Eduardo Prado (PL).


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