12 de agosto de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:56

Ré na Lava Jato e aliada de Cunha, ex-prefeita será secretária no Rio

Ex-prefeita de Rio Bonito, Solange Almeida (PMDB) e ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Ex-prefeita de Rio Bonito, Solange Almeida (PMDB) e ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

Ré na Lava Jato, Solange Almeida (PMDB) vai comandar a Secretária de Apoio à Mulher e ao Idoso no Rio. A nomeação da ex-prefeita de Rio Bonito foi publicada nesta segunda (13) no “Diário Oficial”.

Solange é aliada do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso desde o ano passado em Curitiba.

Também ex-deputada federal, a nova secretária do governador Luiz Fernando Pezão e Cunha são acusados de terem atuado num esquema de suborno referente a contratos da Petrobras para a aquisição de navios-sonda. 

Cunha teria recebido R$ 5 milhões em propina.

Na ação, Solange é acusada de ter atuado a mando do ex-deputado para pressionar por meio de um requerimento na Câmara uma empresa que não estava pagando a propina solicitada por Cunha.

As acusações contra Cunha e Solange na Lava Jato são baseadas principalmente nas delações premiadas dos lobistas Julio Camargo e Fernando Baiano com a Lava Jato.

A criação de uma nova secretaria para abrigar a ex-deputada surpreendeu. Com o Rio em grave crise financeira, Pezão anunciou no final do ano passado que pretendia reduzir o seu secretariado de 26 para 12. Solange será a 19ª secretária de Pezão.

Em fevereiro, os deputados estaduais do Rio aprovaram projeto de lei que permite a privatização da Cedae (Companhia Estadual e Água e Esgoto).

O projeto é uma contrapartida do governo estadual ao pacote de socorro financeiro negociado com a União e enfrentou forte resistência de servidores e da oposição.

Com a aprovação, o governo Luiz Fernando Pezão espera entregar ações da empresa para tomar um empréstimo de R$ 3,5 bilhões com bancos públicos, medida que depende de aprovação, no Congresso, de alterações na Lei de Responsabilidade Fiscal.

“Essa nomeação é uma afronta à sociedade do Rio. Ele comete dois erros graves. O primeiro é nomear uma ré na Lava Jato. A outro é inchar mais o Estado numa época de crise severa”, afirmou o deputado estadual Carlos Roberto Osório (PSDB). (Folhapress)

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