05 de dezembro de 2025
Medidas • atualizado em 25/07/2025 às 18:15

Rasível Reis convoca entidades de saúde para discutir impactos de tarifas dos EUA ao setor

O secretário estima que, se houver retaliação de tarifas, o custo total dos hospitais aumentará até 3%, trazendo grande impacto para a rede pública e privada de saúde
O objetivo da reunião é discutir os impactos reais dessa possível retaliação e traçar medidas junto às entidades de Saúde para antever os problemasFoto: reprodução
O objetivo da reunião é discutir os impactos reais dessa possível retaliação e traçar medidas junto às entidades de Saúde para antever os problemasFoto: reprodução

Temendo impactos de possíveis imposições tarifárias dos Estados Unidos, o titular da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), Rasível dos Reis Santos, convocou uma reunião com as entidades de saúde para discutir medidas. O encontro acontecerá na na sede da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), em Goiânia, às 9h, no sábado (26).

Em encontro com empresários, nesta semana, o governador Ronaldo Caiado (UB) chegou a abordar o assunto. Na ocasião, Rasível informou que a cerca de 30% dos custos relativos aos hospitais estão relacionados a insumos, materiais e medicamentos e que, se houver retaliação de tarifas, esse custo terá aumento de até 3%.

Em entrevista concedida ao editor-chefe do Diário de Goiás, Altair Tavares, o titular da SES-GO detalhou os impactos que isso poderia causar tanto na rede pública de saúde, quanto na privada. “Se tiver uma queda de arrecadação, uma queda de receita ou um aumento da taxação dos equipamentos, insumos, medicamentos, órteses, próteses, isso traz realmente um prejuízo muito grande, um aumento muito grande no gasto com saúde. Eu pedi o André Médici (do Banco Mundial) para me falar a respeito e ele levantou que são 280 milhões de dólares que a gente teria de prejuízo, o estado, o governo federal como todo, o Brasil, seria 280 milhões de dólares de redução da exportação ao ano. Teríamos um prejuízo, o Brasil teria um prejuízo de 280 milhões”, estimou Rasível.

O cenário leva em conta a possibilidade de uma “guerra tarifária” entre Brasil e EUA, com a reciprocidade nas taxas. “Se houver uma contrapartida, uma retaliação nesse valor que está sendo feito com os americanos, uma contrapartida equivalente, uma retaliação equivalente, teria um aumento de gasto no SUS de 1,60 bilhão de dólares, em torno de 9 bilhões de reais para o SUS, e no privado seria 1,65 bilhão. Ou seja, somando o público e o privado, daria em torno de 18 bilhões de reais de aumento no custo da saúde para o Brasil”, avaliou o secretário de Saúde.

E se houver uma contrapartida, uma retaliação nesse valor que está sendo feito com os americanos, uma contrapartida equivalente, uma retaliação equivalente, teria um aumento de gasto no SUS de 1,60 bilhão de dólares, em torno de 9 bilhões de reais para o SUS, e no privado seria 1,65 bilhão. Ou seja, somando o público e o privado, daria em torno de 18 bilhões de reais de aumento no custo da saúde para o Brasil em havendo essa retaliação, essa reciprocidade nas taxas.

O objetivo da reunião é discutir os impactos reais dessa possível retaliação e traçar medidas junto às entidades de Saúde para antever os problemas.


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