12 de setembro de 2024
Terceiração

“R$ 400 milhões são necessários para investimento só no aterro sanitário”, diz Alisson Borges

lançamento do edital para que empresas realizem trabalho terceirizado da Comurg ainda segue em trâmite por parte da prefeitura
Alisson reforça que o futuro da Comurg está em andamento, e que será uma empresa centrada mais em controle e urbanização
Alisson reforça que o futuro da Comurg está em andamento, e que será uma empresa centrada mais em controle e urbanização

Em entrevista concedida ao Editor do Diário de Goiás, Altair Tavares, o Presidente da Comurg Alisson Borges afirmou que seguem em andamento ações que vão mitigar e resolver o problema de crise da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Segundo o gestor, com a terceirização da Companhia, a empresa teria um maior foco na urbanização e desenvolvimento.

Um dos pontos de destaque para melhorias na urbanização seria a realização de  um centro de triagem no aterro sanitário. “Eu costumo dizer que no aterro sanitário hoje nós estamos fazendo, como um “gato”, ele faz a sujeira e enterra apenas. E nós já acompanhamos várias tecnologias. Hoje já existe a economia secular. A gente não chama mais de lixo, chamamos de resíduo, porque esse resíduo é aproveitado há muito tempo”, iniciou o Presidente.

Alisson destacou que no momento a administração pública, não tem essa expertise e muito menos condições de fazer os investimentos necessários que o próprio marco do saneamento básico exige. “O gás metano produzido pela decomposição da matéria orgânica não é aproveitado. São tecnologias de aproveitamento de resíduos que precisam ser instaladas no aterro sanitário e que a administração pública não tem condições de fazer o investimento. A previsão de investimento seria em torno de R$ 400 milhões só no aterro. Então é um investimento muito alto e que existem empresas no Brasil todo e no mundo todo que tem expertise para fazer isso”, salienta Alisson. 

Crise na Comurg e licitação 

Sobre o que levou a empresa a uma severa crise, Alisson relembra que o problema se deu ao reduzir o valor do contrato da Comurg na época da pandemia, em 25%, quando todas as empresas estavam aumentando os valores dos contratos. “Isso acarretou no déficit que nós temos hoje. E nós estamos trabalhando na iminência de assinar um novo contrato com a Prefeitura de Goiânia para fazer o equilíbrio econômico financeiro”. 

Suspenso pelo TCM, pela necessidade de ajustes do termo de referência, o procedimento licitatório para o lançamento do edital ainda segue em trabalho por parte da prefeitura. De acordo com o TCM, existe um prazo de 90 dias para que a publicação seja realizada e as empresas interessadas possam participar. Até o fim do processo licitatório a coleta de lixo na cidade vai continuar com a Comurg. 

O trabalho está sendo concluído com base no que preconiza o manual do TCM, que diz que é necessário obedecer às tabelas oficiais. “Tais tabelas valorizam o serviço que nós precisamos aqui na Comurg. Então esse valor desse contrato deve chegar a R$ 61 milhões, o que deve estancar a sangria da compra”. 

Por fim, Alisson reforça que o futuro da Comurg está em andamento, e que será uma empresa centrada mais em controle e urbanização. “Estamos caminhando a passos largos. Vai ser uma empresa que vai dar mais resultados na parte de urbanismo. O próprio nome da empresa, diz Companhia de Urbanização de Goiânia. Ela no meio do caminho virou companhia de limpeza urbana, mas a Comurg foi criada para urbanizar e ela vai voltar às suas origens e fazer o trabalho que ela realmente foi criada para fazer”, finaliza.


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