O presidente Michel Temer não quis responder nesta quinta-feira (16) se o preocupa a presença de seis ministros na lista de pedidos de investigação enviada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Perguntado pela reportagem se o envolvimento dos nomes constrange o governo, o peemedebista sorriu, levantou as mãos e saiu sem comentar. O presidente participou de entrevista para o anúncio da geração de 35,6 mil postos de trabalho com carteira assinada no Brasil em fevereiro.
Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) geralmente são divulgados pelo Ministério do Trabalho, sem entrevista à imprensa e na última semana do mês. Em busca de pautas positivas, o governo antecipou a publicidade para ser anunciada pelo presidente.
Mesmo com as denúncias contra a cúpula do Palácio do Planalto, Temer disse em discurso que o país está em um clima de “estabilidade política e social”.
“Tenho a sensação de que o Congresso Nacional continuará apoiando medidas que reforçam a ideia da estabilidade das instituições. Nós estamos em um clima de estabilidade política e social”, disse.
Desde o início desta semana, os discursos do peemedebista têm focado apenas a área econômica, sem mencionar a lista de pedidos de investigação feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Ao todo, seis ministros já foram confirmados na lista, o que representa um quarto da Esplanada dos Ministérios: Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral), Gilberto Kassab (Comunicações), Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Bruno Araújo (Cidades) e Marcos Pereira (Indústria e Comércio). (Folhapress)
Leia mais:
- Lista de Janot inclui dez governadores; volume de casos preocupa tribunal
- Cinco ministros de Temer e senadores estão na lista de Janot
- Janot envia 83 pedidos de inquéritos ao STF ligados à Odebrecht
Leia mais sobre: Brasil