O deputado federal reeleito Rubens Otoni – maior expoente do Partido dos Trabalhadores no Estado – disse não se sentir constrangido com as recentes denúncias de corrupção que envolvem nomes ligados à sigla, sobretudo no âmbito nacional. Ao ser questionado sobre o assunto, durante entrevista à Rádio 730, o deputado destacou a história do PT, que surgiu de luta sindical e no combate à ditadura militar, e assegurou ver mais acertos que erros nessa trajetória.
“Um partido que saiu de onde saiu e chegou onde chegou, na presidência da República, ele tem falhas, tem erros, mas tem muitos acertos e com toda a certeza os acertos são muito maiores”, comentou.
“Qualquer erro é desconfortável, mas eu não tenho nenhum constrangimento de defesa do PT, porque eu tenho orgulho dessa história do PT”, completou.
De olho em 2018
Para Rubens, que é um dos líderes da oposição no Estado, é preciso que o grupo comece a trabalhar desde já para a sucessão de Marconi Perillo (PSDB), que não pode disputar a reeleição em 2018. Para o deputado, mesmo sem a presença do tucano como candidato, a oposição precisa se fortalecer.
“Não faço a análise de que fica mais fácil. Se não nos prepararmos, podemos chegar lá e não sermos felizes novamente. A oposição precisa se organizar e fazer a lição de casa. Preparar novas lideranças, discutir a realidade do Estado e ter um projeto”, afirmou.
Segundo Otoni, agora, tanto o PT quanto a oposição fizeram a lição de casa em 2012, quando conseguiram fortalecer a presença nos municípios. “Faltou a outra parte, que era se preparar para a eleição de 2014 e construir a unidade da oposição, e construir chapas competitivas, representativas de todas as regiões”, pontuou.
Infidelidade
Rubens também comentou o caso de petistas que se aliaram ao governador Marconi Perillo durante a eleição ou se posicionaram contra a administração de Paulo Garcia, em Goiânia, como é o caso dos vereadores Tayrone di Martino e Felisberto Tavares. De forma genérica, sem se debruçar contra um caso específico, o deputado ressaltou:
“As pessoas fazem opções. Fazem opções por entrar no partido e por sair do partido. O PT tem regras. Vai abrir a ação na comissão de ética e vai encaminhar. Quem está contra a posição do partido não deve ficar”, opinou.
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